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Prefeito eleito de Curitiba, Greca diz que contará com Richa

“Vou me reunir com o governador amanhã”, afirmou, em entrevista no TRE-PR

30 out 2016 - 21h24
(atualizado às 21h38)
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Foto: Rodrigo Félix Leal / Futura Press

O prefeito eleito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), disse que se reunirá nesta segunda-feira (31) com o governador do Paraná (PSDB), Beto Richa (PSDB), para discutir questões como a reintegração do transporte metropolitano e as filas de espera nos postos de saúde. O tucano foi um dos principais apoiadores do ex-ministro do Turismo, tendo inclusive indicado seu vice, Eduardo Pimentel Slaviero. Com índice de reprovação de 49%, segundo pesquisa Ibope divulgada em setembro, porém, Richa acabou aparecendo pouco na campanha.

“A vontade é de servir Curitiba com grande energia. Amanhã mesmo vou visitar o governador para falar sobre reintegração do transporte. Vou também falar sobre a parceria para zerar as filas de especialidades, porque o povo não pode esperar por um exame, por exemplo, que o olho está para estourar por diabetes, três anos. As pessoas não podem receber sentenças de morte ou de vida adiada nos postos de saúde. Então, nós vamos botar ordem nisso e, com a ajuda do governo do Estado e dos hospitais estabelecidos em Curitiba, nós vamos fazer”, afirmou.

A gestão da rede de ônibus foi desintegrada no ano passado, após a prefeitura da capital paranaense e o Executivo estadual não se entenderem sobre o valor do subsídio fornecido ao município pelo Estado. O sistema metropolitano tem linhas mais longas e deficitárias do que as centrais. Sem acordo, 106 das 356 linhas passaram a ser gerenciadas pela Comec, uma coordenação ligada à administração Richa.  O órgão então decidiu repassar o sistema de bilhetagem às empresas. A solução para o impasse foi uma das promessas de Greca e também de seu adversáro, Ney Leprevost (PSD).

O político do PMN garantiu ainda que trabalhará para refazer a malha viária da cidade. “Ontem eu fiz uma carreata e a minha barriga ficou toda soqueada. Eu me senti um lutador de MMA, porque cada buraco me dava um trompaço na barriga”, contou. “Pelo menos nas ruas mais importantes da cidade tem que acabar o tapa-buraco e fazer piso de asfalto definitivo. Vamos ter que fazer isso porque está muito duro andar nos bairros; os rios estão assoreados, há invasões perigosas onde podemos ter óbitos lá na Caximba, em cima da Vila Harmonia, no Rio Barigui, na Portelinha. O povo sofre muito (…) Queremos fazer habitação de interesse social e eu vou me dedicar aos mais humildes”, completou.

A coligação do prefeito eleito, "Inovação e Amor", tinha, além do PMM e do PSDB, outras cinco legendas: PSB, DEM, PTN, PSDC e PtdoB. Questionado se “acomodaria” todas elas na administração, Greca assegurou que não. “Eles [partidos] são todos tão pequenos. Não vai haver problema nenhum. Eu vou governar mais com os meus colegas técnicos da prefeitura. Agora, cada secretário mais experiente vai ter um trainee, um secretário jovem, uma moça ou um rapaz. Eu vou fazer com que os jovens sejam os protagonistas da nova história da cidade, para que não venha uma pessoa já gasta e antiga, canastrona como o Ney Leprevost, se dizendo jovem. Ele é muito velho”, alfinetou, sobre o parlamentar de 42 anos.

Em relação ao fato de a campanha ter sido uma das mais duras de todos os tempos, com ataques de ambos os lados, Greca garantiu que tudo ficou para trás. “Avalio como uma provação, uma travessia de um deserto, mas agora eu cheguei na terra prometida. E as asas da vitória têm o poder curativo. Já passou. Estou com alegria para servir Curitiba”, comentou. Embora fale em arregaçar as mangas a partir de amanhã, o prefeito eleito só tomará posse, em substituição a Gustavo Fruet (PDT), em janeiro de 2017, permanecendo no cargo até 2020. Em nota, o pedetista desejou êxito ao sucessor, “já colocando toda equipe à disposição para dar início ao processo de transição. Asseguro que, de nossa parte, será tranquila e republicana”.

Adversário

Leprevost, por sua vez, postou um vídeo nas redes sociais, agradecendo seus apoiadores. Ele terminou a disputa com 46,75% dos votos válidos, contra 53,25% do oponente. “Começamos essa campanha com 5% nas pesquisas e terminamos com mais de 405 mil votos. Foi uma das histórias mais lindas da minha vida. Conheci novos amigos, aprendi a respeitar pessoas que nunca tinha visto na vida, andei por essa cidade e, em cada lugar, fui recebido com respeito, carinho e hospitalidade”, afirmou. 

O parlamentar também desejou ao vencedor uma excelente gestão, “afinal de contas, nós queremos o bem da nossa Curitiba”. “Vamos em frente com alegria. Em breve retomo as atividades como deputado estadual, para continuar trabalhando principalmente pelas pessoas mais humildes”, finalizou. O candidato do PSD tinha se licenciado da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), para se dedicar integralmente à campanha.

Fonte: Especial para Terra
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