Script = https://s1.trrsf.com/update-1751565915/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Petróleo e guerra: Instituto do setor e conselho da Petrobras debatem preço de combustíveis

Instituto Brasileiro do Petróleo vê alternativas para Brasil não ser afetado; Conselho de Administração da Petrobras se reúne na sexta para discutir situação

23 jun 2025 - 20h03
Compartilhar
Exibir comentários

A escalada da guerra no Oriente Médio mantém o mercado de petróleo volátil, mas a situação do Brasil é de relativa segurança em relação ao abastecimento de derivados da commodity. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), Roberto Ardenghy, afirmou ser possível a Petrobras aguardar maior clareza sobre a tendência do preço do barril do Brent antes de fazer qualquer movimento.

O executivo conta que reuniu a diretoria e técnicos do Instituto nesta manhã para avaliar a situação atual. A conclusão é de que o Brasil tem alternativas para conseguir combustíveis no mercado externo, como Índia, Rússia e até mesmo os Estados Unidos, mas que o preço dos produtos pode se tornar uma dor de cabeça, principalmente se ameaças do Irã, como o fechamento do Estreito de Ormuz, se concretizarem.

"Não há risco na produção de petróleo, mas de escoamento, se houver problemas no transporte. Tanto o Estreito de Ormuz como o Golfo de Aden, que é tão importante como Ormuz, porque conecta o Mar Vermelho ao Oceano Índico, podem ter problemas", afirmou.

Conselho de Administração da Petrobras se reúne na sexta para discutir preço do petróleo diante da guerra
Conselho de Administração da Petrobras se reúne na sexta para discutir preço do petróleo diante da guerra
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

O Instituto espera, no curto prazo, uma redução nas tensões geopolíticas na região. "No âmbito nacional, o IBP avalia que esse episódio evidencia a importância de o Brasil manter um regime regulatório e tributário robusto, que sustente os investimentos de longo prazo em campos já descobertos, bem como a necessidade de avançar na atividade de prospecção e exploração de novas acumulações de petróleo no Brasil", afirmou em nota.

Petrobras

No próxima sexta-feira, 27, será a vez de o Conselho de Administração da estatal debater as tendências do preço do petróleo e o impacto no Brasil, segundo fontes informaram ao Estadão/Broadcast.

Na última quarta-feira, 18, a presidente da estatal, Magda Chambriard, disse que ainda era cedo para avaliar uma mudança nos preços da gasolina e do diesel, apesar da defasagem em relação ao mercado internacional.

Ao Estadão/Broadcast, Ardenghy afirmou concordar com a executiva, argumentando que é necessário saber se o petróleo vai mudar mesmo de patamar ou se voltará para o preço anterior, mais próximo dos US$ 65 o barril. "Nesta segunda mesmo, o petróleo abriu em alta de US$ 3 e logo em seguida caiu US$ 3, está volátil, é preciso esperar a poeira baixar", concluiu.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o diesel nas refinarias da Petrobras tem preço 19% menor do que o praticado no mercado internacional, e a gasolina, 9%.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade