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Ex-apresentadoras de TV se destacam na disputa eleitoral

Suéllen Rosim (Patriotas) e Solange Freitas (PSDB) foram as mais votadas em Bauru e São Vicente, respectivamente, no primeiro turno

26 nov 2020 - 18h10
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SOROCABA - Jornalistas e apresentadoras de TV disputam como favoritas o segundo turno das eleições à prefeitura em duas importantes cidades paulistas. Suéllen Rosim, 32 anos, do Patriotas, concorre em Bauru, cidade de 380 mil habitantes, na região noroeste do Estado de São Paulo. Solange Freitas, 40 anos, do PSDB, tenta ser prefeita de São Vicente, no litoral paulista , que tem 361 mil habitantes,. As duas candidatas foram as mais votadas em suas cidades e largaram na frente no turno final. Ambas deixaram carreiras de repórteres e apresentadoras de televisão para entrar na política.

Estreando na política, Solange Freitas (PSDB) superou outros sete candidatos na votação do primeiro turno para a prefeitura de São Vicente 
Estreando na política, Solange Freitas (PSDB) superou outros sete candidatos na votação do primeiro turno para a prefeitura de São Vicente
Foto: Solange Freitas / Facebook / Estadão

Solange venceu outros sete candidatos recebendo 67.558 votos (41,47% dos votos válidos). Ela disputa o segundo turno com Kayo Amado, do Podemos, que ficou em segundo lugar, com 55.307 votos (33.95%). Já Suéllen foi a mais votada entre 12 candidatos no primeiro turno, com 57.844 votos (35,60% dos válidos). Ela enfrenta o segundo colocado, o médico Raul Gonçalves de Paula, o Dr. Raul, do DEM, que recebeu 53.299 votos (32,80%).

Suellen Rosim (Patriotas) disputa sua segunda eleição e foi a mais votada entre 12 candidatos a prefeitura de Bauru no primeiro turno
Suellen Rosim (Patriotas) disputa sua segunda eleição e foi a mais votada entre 12 candidatos a prefeitura de Bauru no primeiro turno
Foto: Suellen Rosim / Facebook / Estadão

Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Suéllen se declarou preta, solteira e com patrimônio de apenas R$ 1.659. A jornalista mora há 7 anos em Bauru, tendo chegado à cidade como contratada da TV Tem, afiliada da Rede Globo. Durante anos, atuou como repórter e apresentadora dos telejornais da emissora. No ano passado, assumiu a presidência do Patriotas. Suéllen disputa sua segunda eleição. Em 2018, concorreu para deputada estadual, recebeu 36 mil votos e se tornou suplente. Mais experiente, seu adversário já foi vereador e disputou a prefeitura outras duas vezes - em 2016, chegou ao segundo turno.

Solange, que disputa a primeira eleição, se declarou de cor branca e possuidora de bens no valor de R$ 307.350. Nascida em Santos, ela atuou como repórter de televisão em várias emissoras e, desde 2005, na TV Tribuna, afiliada da Globo. Quatro dias antes do primeiro turno, o carro em que a candidata fazia campanha foi atingido por cinco disparos. Os projéteis não transpassaram o vidro blindado e a candidata não se feriu. A investigação policial ainda não foi concluída.

Apoiada pelo governador João Doria, a candidata promete explorar os potenciais econômicos da cidade, oferecer qualificação e incentivar o empreendedorismo. Agora, focou no voto das mulheres, que representam 54% do eleitorado. "A saúde de São Vicente está sucateada. Faltam materiais, especialidades médicas, estrutura nas unidades de saúde, além de atendimento decente e humano para as pessoas. Queremos mudar essa realidade caótica", disse. Seu concorrente, Kaio Amado, está na quarta eleição. Ele já foi candidato a vereador, prefeito e deputado federal.

Em Bauru, Suéllen acena com um governo transparente, comunicativo e com participação popular. "Eu sempre estive interessada no melhor para Bauru e para essa região. Espero entrar para a história dessa cidade como a prefeita que fez o que muitos não conseguiram fazer até agora." A candidata também se comprometeu a solucionar a crise crônica no abastecimento de água da cidade. Com um médico como candidato a vice, Suéllen promete melhorar o atendimento na saúde. Na eleição de 2018, ela teve sua prestação de contas parcialmente rejeitada pela Justiça Eleitoral e foi condenada a devolver R$ 25 mil, o que faz até hoje, em parcelas.

Estadão
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