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Em Campinas, candidatos trocam acusações de corrupção e má gestão

Dário Saadi, do Republicanos, e Rafa Zimbaldi, do PL, disputam segundo turno na cidade

20 nov 2020 - 01h19
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CAMPINAS - Em um debate repleto de ataques em Campinas, o ex-secretário de Esportes Dário Saadi (Republicanos) e o deputado estadual Rafa Zimbaldi (PL) trocaram acusações de corrupção e má gestão na noite desta quinta, 19, na TV Band. Foi o primeiro encontro do segundo turno. Outros dois debates entre eles ocorrerão nos dias 21, na TVB/Record, e 27, na EPTV/Globo.

Rafa Zimbaldi (PL) e Dário Saadi (Republicanos) em primeiro debate do segundo turno em Campinas.
Rafa Zimbaldi (PL) e Dário Saadi (Republicanos) em primeiro debate do segundo turno em Campinas.
Foto: Reprodução/TV Band / Estadão

Durante um dos confrontos, Saadi citou uma condenação do adversário por excesso de cargos quando foi presidente da Câmara; disse que ele é "o quarto deputado mais gastão" e mencionou suspeitas contra o pai do concorrente, o ex-deputado federal Salvador Zimbaldi, de recebimento de R$ 500 mil ilegais.

"O senhor ataca a minha família, muito feio. Meu pai não tem nenhuma condenação", disse Zimbaldi. O deputado argumentou ainda que propôs reduzir salários na Assembleia Legislativa e que cortou 1.100 cargos comissionados na Câmara, para rebater as demais acusações.

Já Zimbaldi relacionou o adversário a um ex-assessor da Secretaria de Esportes preso em abril, acusado de negociar venda de testes para coronavírus; citou uma condenação de Saadi por pagamento irregular de horas extras quando geriu o Hospital Mário Gatti e também uma rejeição de contas dele na presidência da Câmara, por pagamentos superiores ao limite.

"O funcionário foi levado para esclarecimento, e demitido, não participei de nada, nem fui depor", afirmou Saadi. Também negou que tenha sido condenado, tanto por horas extras quanto por pagamentos na Câmara, "caso que foi revertido na Justiça".

Ambos ainda divulgaram sites que fizeram para apontar "mentiras" uns dos outros. Saadi votou a criticar o adversário por votar "pelo aumento de impostos", ao aprovar o projeto 529, de ajuste fiscal do governador João Doria (PSDB), que reduziu benefícios de taxas estaduais. Zimbaldi disse que a lei votada é de redução de cargos governamentais e rebateu relacionando Saadi ao atual governo municipal, que enfrentou denúncias no hospital Ouro Verde. Saadi é apoiado nesta eleição pelo prefeito Jonas Donizette (PSB), que não pode mais se reeleger.

No primeiro turno, Saadi obteve 25,78% dos votos, ante 21,86% de Zimbaldi. Os debates são considerados importantes para conquistar eleitores de candidatos derrotados, de quem votou nulo, branco ou se ausentou. No dia 15, a abstenção foi recorde na cidade, de 30,8%.

Estadão
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