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Bolsonaro diz que respeitará resultado, mas não ligaria para Haddad se perdesse

Em vídeo feito em sua casa, candidato do PSL também pediu que empresários não façam campanhas dentro das empresas

3 out 2018 - 22h50
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O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse, em uma live (vídeo ao vivo publicado em seu Facebook), que respeitará o resultado das eleições, mas que não ligará para o candidato Fernando Haddad (PT), caso este vença. Nas imagens gravadas de sua casa, na noite desta quarta-feira, 3, Bolsonaro disse não acreditar na lisura do sistema eleitoral brasileiro.

"Eu desconfio da lisura no sistema eleitoral. Não há maneira de se fazer uma auditoria. Mas vou respeitar o que acontecer por ocasião das eleições. Só não vou ligar para o Haddad, caso ele venha a vencer. Se bem que eu não acredito nisso", afirmou.

Bolsonaro também pediu aos eleitores que o ajudem a vencer no primeiro turno. "Está faltando muito pouco para nós ganharmos as eleições no primeiro turno. Nós devemos resolver essa fatura no primeiro turno para não termos o desgaste do segundo turno. Não anulem", afirmou.

O candidato acrescentou que fará as lives até sexta-feira e disse ter limitações de saúde por conta de sua recuperação da facada. Nesta quarta, assessores próximos ao presidenciável disseram que ele não deverá participar do debate da TV Globo, marcado para esta quinta-feira, 4. O cirurgião Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, que cuidou de Bolsonaro no Hospital Albert Einstein, contraindicou a participação do candidato no debate, pelo nível de estresse e pelo tempo grande de fala de Bolsonaro.

Pedido a empresários

O capitão reformado pediu a empresários e comerciantes que não façam campanha para ele dentro de seu ambiente de trabalho. Em vídeo gravado em uma de suas lojas, Luciano Hang, dono da Havan, ameaça deixar o País e, consequentemente, demitir seus 15 mil funcionários, caso Bolsonaro não vença a eleição presidencial.

"Eu queria dar um aviso, uma recomendação a empresários e comerciantes, que, pelo que eu fiquei sabendo, alguns deles fizeram campanha dentro das empresas, ou seja, reunindo funcionários e pedindo votos. Eu não sei se é verdade ou não, mas essas informações chegaram ao nosso conhecimento. Eu queria alertar que, pela legislação eleitoral, isso é proibido. E quem responde é o candidato, não os senhores".

Bolosonaro argumentou que este caso é "sui generis" e que um empresário de má-fé poderia fazer campanha para que ele fosse denunciado e respondesse por abuso de poder econômico.

"Façam nas ruas, como todo mundo faz, fora do horário de expediente. Dentro da empresa, junto aos funcionários, não, porque alguns poderiam até se sentir constrangidos. E nós respeitamos o direito, obviamente, de quem quer que seja votar no candidato que achar melhor".

Estadão
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