Veja testes de proficiência em idiomas mais exigidos no exterior
Aprender um idioma no Brasil para depois tentar a vida fora do País pode não ser o suficiente para quem deseja estudar, ou até mesmo trabalhar no exterior. Algumas instituições de ensino e empresas internacionais exigem do candidato uma comprovação da proficiência na língua, o que, em alguns casos, se consegue com a realização de testes como o International English Language Testing System (IELTS) e o Test of English as a Foreign Language (TOEFL). Em outras situações, são requeridos exames específicos da área de atuação.
Destinado a advogados e estudantes de Direito, o International Legal English Certificate (ILEC) exige que o candidato mostre sua capacidade de utilizar o idioma em situações do cotidiano do trabalho, como participar de reuniões e conversas sobre assuntos jurídicos, expressar suas opiniões com clareza e compreender e escrever diferentes tipos de textos, como propostas e memorandos sobre questões jurídicas. Primeiro exame de inglês jurídico de reconhecimento internacional, o ILEC pode ser realizado nas unidades da Cultura Inglesa em Brasília (DF), Porto Alegre (RS) e no Rio de Janeiro, onde também é oferecido curso preparatório.
Na lista dos exames Cambridge ESOL (English for Speakers of Other Languages), existem ainda o Business English Certificates (BEC) - conjunto de exames indicado para quem planeja trabalhar na área de comércio e negócios internacionais - e o Teaching Knowledge Test (TKT) - recomendado àqueles que desejam se tornar professores de inglês.
Mas nem toda escola de língua prepara o aluno para essas provas. Foi o que ocorreu com Eduardo Delamare. Sem opção de curso preparatório em Porto Alegre, mas com avançado nível de inglês, o dentista, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), buscou sozinho o conhecimento necessário para prestar o Occupational English Test (OET), teste similar aos exames tradicionais que cobram listening, reading, writing e speaking, mas focado na área da saúde. Desde o último verão, o brasileiro vive e trabalha na Austrália.
"Não fiz nenhum curso específico, embora algumas universidades da Oceania ofereçam. Minha preparação foi muito baseada na troca de informações com quem já tinha feito a prova. Usei muito os fóruns online e comunidades em que se trocavam questões de provas passadas e e-books relacionados ao conteúdo", conta.
Delamare destaca ainda que o teste de idioma específico foi apenas um dos passos a ser seguido para trabalhar na Oceania. Além do OET e dos processos burocráticos necessários para validar seu diploma no exterior, ele realizou uma prova teórica, que dura dois dias e cobra todo o conteúdo dos cinco anos de faculdade de Odontologia, com questões de múltipla escolha e descritivas. Tudo em inglês. A última etapa a ser vencida, já em uma universidade, foi a prova clínica, quando é avaliado seu desempenho profissional através de uma bateria de provas teóricas e práticas.
Confira os exames mais aceitos:
-International English Language Testing System (IELTS): reconhecido em pelo menos 6 mil instituições de 135 países, o teste comprova proficiência em inglês para fins acadêmicos. Foi desenvolvido pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e é gerenciado pelo Conselho Britânico e pelo IDP Education da Austrália. Site oficial: www.ielts.org
-Test of English as a Foreign Language (TOEFL):teste de inglês exigido para o ingresso em pelo menos 8 mil escolas e universidades de mais de 130 países, especialmente nos Estados Unidos. O exame avalia as competências de leitura, escrita, escuta e de redação voltados para o meio acadêmico. O preço para realizar o teste varia de acordo com o local, de US$ 160 a US$ 250. Maiores informações no site www.ets.org/toefl.
- English for Speakers of Other Languages (ESOL):exame com seis níveis de conhecimento do inglês, sendo que os dois mais altos são reconhecidos por universidades como forma de acesso. Maiores informações em www.cityandguilds.com.
-Diploma de Español como Lengua Extranjera (DELE): testes oficiais de competência e domínio da língua espanhola realizados pelo Instituo Cervantes em nome do Ministério da Educação da Espanha. Saõ reconhecidos por diversas universidades e empresas do mundo. Maiores informações em www.diplomas.cervantes.es.
- Kleines Deutsches Sprachdiplom (KDS):teste de proficiência no alemão aceito no ingresso em universidades e também solicitado por empresas. É aplicado no Brasil pelo Instituto Goethe. Maiores informações em www.goethe.de.
- Certificato di Conoscenza della Lingua Italiana (CELI): concedido pela Universidade para Estrangeiros de Perugia, atesta a proficiência na língua italiana. O teste é realziado em institutos de cultura italiana. Maiores informações em www.cvcl.it
- Diplôme d'Etudes en Langue Française (DELF) e Diplôme Approfondi de Langue Française (DALF): diplomas oficiais expedidos pelo ministério francês da Educação. Criados em 1985, os testes são realizados em 154 países. Incluem seis níveis, de acordo com o Quadro Europeu de referência para as línguas.