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USP cai em ranking internacional e deixa top 100 das melhores universidades do mundo

Universidade brasileira esteve entre as cem melhores colocações nos últimos dois anos. Apesar da queda, instituição continua sendo a melhor do País

19 jun 2025 - 21h20
(atualizado às 21h30)
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A Universidade de São Paulo (USP) apresentou uma queda de 16 posições no ranking internacional QS World 2026, divulgado pelo Quacquerelli Symond, site especializado em educação superior, nesta quarta-feira, 18.

A instituição brasileira ocupa a 108ª colocação da lista, que avalia 1.501 universidades de todo o mundo a partir de indicadores como reputação acadêmica, proporção de estudantes internacionais e resultados de emprego. Ao final, a instituição recebe uma nota de 0 a 100 com base no desempenho destes e outros critérios.

Com a nova rodada de avaliações, a USP volta a figurar fora do top 100 do ranking depois de ficar em 85° lugar na lista publicada em 2023, e em 92°, no levantamento apresentado de 2024. Apesar da queda, instituição continua sendo a melhor universidade do País.

USP cai em ranking internacional do site QS e fica de fora das 100 melhores universidades do mundo.
USP cai em ranking internacional do site QS e fica de fora das 100 melhores universidades do mundo.
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

O ranking deste ano, a 22ª edição do QS, é considerado o maior de todos por conseguir avaliar 1.501 universidades de 106 territórios diferentes. A tabela continua tendo, na ponta, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), dos Estados Unidos.

A pontuação final da instituição brasileira foi de 67,3. A universidade apresentou uma nota alta para empregabilidade, com 98,8 no quesito Resultados de Emprego, e 98,1 em Reputação Acadêmica.

No entanto, o QS deu pontuações baixas em Engajamento Global, com uma pontuação de 3,5 em Proporção de Estudantes Internacionais, e 9,2 no quesito Proporção Internacional de Docentes.

Com o resultado, apenas a Universidade de Buenos Aires (UBA), localizada na América do Sul, que está entre as 100 melhores do mundo - com uma pontuação de 72,3. A instituição argentina se posiciona na 84ª colocação, apesar de, também, apresentar uma queda de 13 posições. No levantamento QS World 2025, divulgado no ano passado, a UBA ficou posicionada no 71° lugar da tabela.

No Brasil, a segunda melhor universidade continua sendo a Unicamp, a Universidade de Campinas (233° posição do ranking), seguida da Universidade Federal do Rio de Janeiro (317°) - as duas apresentaram quedas também -, além da Unesp (450°) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (571°).

De acordo com a QS, o Brasil registra uma taxa de queda líquida de 25% nesta edição do ranking, acompanhando uma tendência vista em todo o continente, na qual 50% das universidades da América Latina caíram na tabela - em 2024, três delas estavam no top 100 do ranking.

Mesmo assim, o Brasil ainda é o país do continente com mais universidades entre as 500 melhores do mundo, o que o credencia como o sistema de ensino superior mais forte da América Latina, diz a QS.

"As universidades brasileiras, assim como a região latino-americana de forma mais ampla, enfrentam desafios nesta edição, principalmente em áreas como pesquisa e atração de talentos globais", disse Ben Sowter, vice-presidente sênior da QS.

"No entanto, é perfeitamente possível reverter a situação através de financiamento direcionado, incentivos à mobilidade internacional e parcerias de investigação", acrescentou

A QS destaca que a USP possui altos índices de produção acadêmica, elevada capacidade de empregabilidade, e um alto nível de sustentabilidade.

Contudo, diz o veículo, a universidade paulista e o ensino superior brasileiro como um todo enfrentam o desafio de ter poucos professores citados em estudos e uma quantidade baixa de docentes e estudantes internacionais em seus campus.

"O país apresenta um déficit em relação à diversidade internacional no campus e à atração de talentos globais", informou o QS, em comunicado.

Estados Unidos lideram ranking

Os Estados Unidos são o sistema de ensino superior mais representado do ranking, com 192 universidades classificadas, seguidos pelo Reino Unido (90), e pela China (72).

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) continua na liderança da lista pelo 14° consecutivo. Na segunda colocação está o Imperial College, de Londres, que também se manteve na mesma posição do ranking do ano passado.

A Universidade de Stanford, também norte-americana, subiu três posições e ficou em terceiro. A Universidade de Oxford e a Universidade de Harvard caíram uma colocação, ficando em quarto e quinto lugar, respectivamente.

Estadão
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