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Jovem que passou em 5 universidades americanas se prepara para estudar fora desde a 8ª série

Maranhense de 18 anos sonha com a formação internacional desde os 8 anos de idade; ela agora tenta arrecadar fundos para custear viagem

6 jun 2023 - 05h00
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“ Quando eu tinha os meus oito anos era só um sonho, era apenas um querer, depois fui transformando esse sonho em metas, objetivos e planos mais concretos". 
“ Quando eu tinha os meus oito anos era só um sonho, era apenas um querer, depois fui transformando esse sonho em metas, objetivos e planos mais concretos".
Foto: Arquivo pessoal

O sonho de Hayêssa Siqueira, 18, de estudar fora do Brasil está prestes a se realizar. A maranhense de Itapecuru-Mirim acaba de se tornar a mais nova estudante do curso de psicologia da Pacific Lutheran University, em Washington, Estados Unidos. A instituição foi uma das cinco universidades onde ela conquistou bolsas de estudos.

"Quando eu tinha os meus oito anos era só um sonho, era apenas um querer. Depois fui transformando esse sonho em metas, objetivos e planos mais concretos", conta, em entrevista ao Terra.

Os dez anos de preparo para esse momento foram conuzidos na escola e em casa, por meio de sua brincadeira favorita: estudar. Já na oitava série, atual 9º ano, ela montou um cronograma para estudar para os vestibulares das instituições do exterior.

Mesmo demonstrando interesse por estudar fora, seus pais não levavam a ideia a sério, até vê-la apresentando um seminário na escola. Na ocasião, Hayêssa interpretou uma cientista e apresentou um estudo todo em inglês, enquanto uma colega fazia a tradução. 

Filha de servidores públicos, Hayêssa pensou em desistir do seu sonho por acreditar que não tinha o mesmo nível de capacidade de outros participantes, no entanto, ela afirma que parar de estudar nunca passou pela sua cabeça.

"Nunca gostei de iniciar uma coisa e depois parar no meio do caminho. Eu colocava na minha mente: 'Não vou desistir, mas eu vou fazer uma pausa, não vou parar'. Porque eu olhava para trás depois de já ter iniciado meus estudos e pensava: 'Já me esforcei, estudei tanto para isso, pra qua vou parar agora?'", lembra.

Tanto foco no objetivo impressionou sua mãe, Eline Haiana. Segundo conta, ela já teve que interceder para a filha interromper a jornada de estudos, que costumava passar de oito horas seguidas - sem pausa. 

"Ela sempre me viu estudando em casa para os concursos, então eu comecei a incentivá-la, mostrando que dava para ela estudar sozinha em casa. O começo foi difícil de ela pegar, mas também depois que ela pegou gosto, pronto, eu tinha que parar, porque ela passava dos limites. Ficava mandando ela parar para respirar, tomar um lanche, ver os amigos", lembra.

 “ Mas eu nunca pensei em parar porque nunca gostei de iniciar uma coisa e depois parar no meio do caminho. Eu colocava na minha mente: não vou desistir, mas eu vou fazer uma pausa, mas não vou parar, porque eu olhava para trás depois de já ter iniciado meus estudos e pensava: já me esforcei, estudei tanto para isso  para aqui para quê vou parar agora?", ressalta.
“ Mas eu nunca pensei em parar porque nunca gostei de iniciar uma coisa e depois parar no meio do caminho. Eu colocava na minha mente: não vou desistir, mas eu vou fazer uma pausa, mas não vou parar, porque eu olhava para trás depois de já ter iniciado meus estudos e pensava: já me esforcei, estudei tanto para isso para aqui para quê vou parar agora?", ressalta.
Foto: Arquivo pessoal

Hoje, Hayêssa estuda no máximo quatro horas por dia. Nos demais momentos, ela ajuda nas demandas da casa, navega na internet e curte a varanda de casa, onde desconecta a mente. 

Sonho quase não deu certo

Já pronta para embarcar para os Estados Unidos e começar sua formação em setembro, Hayêssa Siqueira quase teve que abrir mão do que conquistou. Mesmo ganhando a bolsa de US$ 43 mil, o equivalente a R$ 211,9 mil, o valor anual da faculdade é de US$ 65 mil, cerca de R$ 320,4 mil. Para concretizar sua ida, ainda seriam necessários US$ 21 mil dólares, algo em torno de R$ 103,5 mil, para custear os seus gastos do primeiro ano lá fora e tirar o visto. 

Por não ter esse valor, a jovem se viu diante do risco de desistir da faculdade americana, até que teve uma ideia: criar uma campanha online para arrecadar o dinheiro que faltava. Batizada de 'Fly High' ("voe alto", na tradução livre do inglês), a campanha já arrecadou 50% do valor necessário. Além disso, a página que Hayêssa criou no Instagram já reúne 21 mil seguidores. A família também colocou o carro à venda para complementar o valor restante.

Além das doações em dinheiro, a jovem maranhense tem recebido presentes variados, como uma passagem de casal para os Lençóis Maranhenses, região turística do Maranhão; aplicação de unhas em gel; e um vale de R$ 500 em roupas de uma loja. A ideia da família é organizar uma rifa para levantar mais recursos.

Todo esse esforço é só para o primeiro ano da graduação, segundo Hayêssa. Para os anos seguintes, ela já sabe o que irá fazer: arrumar um emprego dentro da própria faculdade e se manter até o final do curso.

Fonte: Redação Terra
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