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Governo Bolsonaro anula nomeação de responsável pelo Enem

Edição extra do 'Diário Oficial' tornou sem efeito a nomeação do economista Murilo Resende

18 jan 2019 - 00h53
(atualizado às 11h27)
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O governo Jair Bolsonaro tornou sem efeito na noite desta quinta-feira, 17, em edição extra do Diário Oficial da União, a nomeação de Murilo Resende, que assumiria a coordenação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Não foi esclarecido o motivo da anulação.

A nomeação de Resende, defensor do Escola sem Partido e admirador do filósofo Olavo de Carvalho, criou polêmica entre educadores. Murilo Resende, de 36 anos, é doutor em Economia pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e teve o nome indicado por integrantes do movimento Escola Sem Partido.

O governo Jair Bolsonaro tornou sem efeito na noite desta quinta-feira, 17, em edição extra do Diário Oficial da União, a nomeação de Murilo Resende, que assumiria a coordenação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
O governo Jair Bolsonaro tornou sem efeito na noite desta quinta-feira, 17, em edição extra do Diário Oficial da União, a nomeação de Murilo Resende, que assumiria a coordenação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
Foto: Youtube / Reprodução

Em uma audiência pública no Ministério Público Federal, em 2016, sobre "Doutrinação Político-Partidária no Sistema de Ensino" ele afirmou que professores brasileiros são desqualificados e manipuladores, que tentam roubar o poder da família praticando a "ideologia de gênero".

No dia em que foi indicado para assumir, teve o nome questionado por educadores e fundações educacionais que, além de manifestarem preocupação com as posições educacionais do indicado, também apontaram a falta de experiência em educação.

Bolsonaro defendeu a indicação pelo Twitter. "É doutor em Economia pela FGV" e "seus estudos deixam claro a priorização do ensino ignorando a atual promoção da 'lacração', ou seja, enfoque na medição da formação acadêmica e não somente o quanto ele foi doutrinado em salas de aula".

Em seguida, seu filho, Eduardo Bolsonaro, completou que os alunos não precisarão mais saber "sobre feminismo, linguagens outras que não a língua portuguesa ou História conforme a esquerda" já que o Enem estará "sob a égide de pessoas da estirpe de Murilo Resende".

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Estadão
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