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Conheça a cultura maker, considerada por educadores como fundamental nos primeiros anos da escola

Ações práticas estimulam alunos a desenvolverem soluções criativas por conta própria

2 jun 2023 - 00h14
(atualizado às 08h51)
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Com o avanço da tecnologia dentro das escolas, do ano passado para cá, a cultura maker tem sido amplamente disseminada. As escolas estão apostando com cada vez mais força em ações práticas para estimular os alunos a desenvolverem soluções criativas e inovadoras por conta própria. Projetos baseados em metodologias ativas e design thinking são fortes tendências para os próximos anos.

Na Escola Carandá Educação, crianças são estimuladas a desenvolver projetos criativos
Na Escola Carandá Educação, crianças são estimuladas a desenvolver projetos criativos
Foto: Divulgação / Estadão

Embora muitos desses projetos sejam conduzidos a partir dos ensinos fundamental II ou médio, educadores destacam que na infância, especialmente, essa estratégia e suas ferramentas podem contribuir muito com o processo de aprendizagem. Conforme consta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as brincadeiras e experiências lúdicas são fundamentais para as crianças, tanto no que diz respeito ao aprendizado como para o desenvolvimento cognitivo.

A socialização, a criação de jogos e a investigação são aspectos que dialogam muito com a cultura maker e são capazes de engajar as crianças. Para a educadora Cláudia Costin, presidente do Instituto Singularidades e professora visitante na Faculdade de Educação de Harvard, há muito tempo a cultura maker está presente na educação infantil, mas ela precisa ser pensada de forma intencional, com maior planejamento pedagógico e preparação dos professores, inclusive até o 5º ano.

Na Carandá Educação, o colégio está preparando cada vez mais projetos voltados para os ensinos infantil e fundamental I, sendo que há anos desenvolve ações com foco em cultura maker no ensino médio. As crianças dos primeiros anos, até o 5º ano, têm desenvolvido projetos criativos. Neste ano, os pequenos construíram em sala de aula marble machines, instrumentos que funcionam por meio da energia potencial de bolinhas.

Os projetos serviram para apresentar às crianças conceitos de física, motricidade, ação e reação. "Por meio dessas atividades, mostramos aos alunos como tangibilizar as teorias que estão aprendendo. Na prática, enriquece muito o conhecimento, porque a criança começa a aprender e se conectar melhor com o conteúdo", explica Renato Farias, professor de tecnologia na escola e especialista em Tecnologias Educacionais e Cultura Maker.

No Centro Educacional Pioneiro, a equipe de tecnologia na educação trabalha de forma transversal, com todos os anos escolares. Neste mês, os professores da escola começaram uma formação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para aprofundarem os conhecimentos em programação. Segundo Fernanda Bocchi, coordenadora de tecnologia educacional da escola, o curso "Escola 4.0 - Educação STEAM usando a placa Micro:bit" vai fomentar muito a atmosfera maker na instituição de ensino.

"A cultura maker abarca linguagem de programação, robótica, marcenaria, prototipagem, entre muitas outras áreas, e estamos introduzindo isso para as crianças. A educação maker trouxe as metodologias ativas como fio condutor, perpassando diversos campos do conhecimento e metodologias", afirma.

Estadão
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