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Jardins de infância residenciais trazem 'revolução' na periferia

Felipe Camarão, Cidade Nova, Quintas e Pajuçara, bairros da periferia de Natal, assistem a uma "revolução" silenciosa em 18 jardins de infância residenciais, que atendem 725 crianças de 3 a 6 anos, com acompanhamento pedagógico da Fundação Fé e Alegria, ligada à Companhia de Jesus.

O projeto, criado em 1999, contou, no início, com apoio do Unicef, com verba de R$ 20 mil. Em outubro, foi assinado convênio com a Manos Unidas, instituição financiadora de iniciativas educacionais ligada à Igreja Católica. O acordo vai até 2002 e, por ano, a Fé e Alegria receberá R$ 115 mil.

A coordenadora da entidade em Natal, Raimunda Cadó, diz que as famílias buscam as escolas porque elas suprem uma carência existente nas regiões norte e oeste da capital potiguar, onde a rede municipal não dá conta da demanda na educação infantil. As mensalidades variam de R$ 15,00 a R$ 20,00.

"Muitas dessas jovens professoras, a maioria com pouco mais de 20 anos, trabalham por amor e conseguem tirar no máximo um salário mínimo", diz Maria Isabel, administradora da entidade. Cada unidade funciona em dois turnos e cada turma tem 20 alunos, em média.

"Antes, dávamos aulas sem nenhum recurso, sem nenhuma dinâmica nem criatividade e faltava embasamento teórico e prático", afirma Lucilene Marinho Cabral, dona da escolinha Degraus do Saber, em Felipe Camarão, um dos bairros mais pobres de Natal.

Os jardins de infância residenciais, segundo Raimunda, não podem ser vistos como "clandestinos" e não têm caráter de creche. "Trata-se de uma estratégia de sobrevivência, de necessidade social de educação", diz. Maristela da Silva Souza, pedagoga da fundação, sustenta que as famílias procuram essas escolas porque não conseguem vagas para os filhos na rede pública de ensino.

A Fé e Alegria tem dois planos de ampliar sua atuação em fase bem avançada.
A entidade tem um terreno de 360 metros quadrados para montar um Centro Educacional de Qualidade de Vida e atender 180 crianças, no bairro de Nova Cidade.

O projeto foi entregue à prefeitura de Alcira, órgão público de Valência, Espanha. O custo é de R$ 60 mil. Um antropólogo será contratado para fazer o diagnóstico do bairro, aproximando a Fé e Alegria da comunidade.

Educar por meio da FM Comunitária Esperança é outro intento da Fé e Alegria. A entidade já montou um estúdio para transmitir programas educativos. Quarenta jovens irão trabalhar na emissora, que deve funcionar das 6 às 23 horas.

Redação Terra / O Estado de S. Paulo

 
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