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As prefeituras do sudoeste do
Estado de São Paulo, em parceria com os governos
estadual e federal, estão tentando resolver
o problema. Em Capão Bonito, famílias
carentes são beneficiadas por um plano de renda
mínima, que paga até um salário
para aquelas que mantêm os filhos de até
14 anos na escola. "Conseguimos reduzir a evasão
para quase zero", diz a diretora municipal de
educação infantil, Selma do Carmo Cravo.
Segundo ela, os pais obrigam os filhos a estudar para
não perder o dinheiro. "Muitos têm
renda inferior a meio salário."
O ensino fundamental foi municipalizado em quase
todas as cidades e as prefeituras são obrigadas
a investir 25% das receitas na educação.
Em Capão Bonito, os 765 alunos da zona rural
de 1ª a 4ª série têm condução
para ir à escola. Alunos de 5ª a 8ª
série são transportados de ônibus
para a cidade. Os professores recebem a "hora-percurso",
uma espécie de ajuda de custo para ir à
escola rural. "As vagas são disputadas."
Funcionam também pré-escolas para crianças
de 4 a 6 anos. "Atendemos 186 alunos."
Em Ribeirão Grande, foi-se o tempo em que
alunos caminhavam quilômetros para ir à
escola. Meninos e meninas aventuravam-se pela mata,
enfrentando cobras e outros bichos e cruzando rios
sobre pinguelas de madeira. "Nenhum aluno anda
mais do que 500 metros", garante a secretária
municipal de Educação, Cláudia
Regina Savoldi. Os 520 alunos das escolas rurais têm
televisão e vídeo nas salas e aprendem
inglês. "As condições são
iguais ou melhores do que na cidade."
Redação
Terra / O Estado de S. Paulo
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