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Por causa do trabalho da Sorri
Brasil, a Prefeitura de São Paulo reservou
5% das vagas das creches municipais para crianças
com deficiências. Agora, em vez de levá-las
para escolas especiais, busca-se levar o suporte que
elas precisam até a creche regular. Assim,
as classe especiais ficam reservadas só para
deficiências mais severas.
"Está-se formando uma sociedade com
nova cultura, em que crianças vão crescer
sem preconceito, porque conviveram desde pequenas
com deficientes", comemora Carmem.
A costureira Maria Zilda Ventura da Silva, de 38
anos, acompanha de perto a mudança. Ela tem
duas filhas deficientes. Amanda, de 3 anos, nasceu
prematura e, aos 6 meses, teve paralisisa cerebral.
Diane, de 9, é surda-muda. "Quando a Amanda
nasceu, ela era totalmente diferente das outras crianças,
não sustentava a cabeça, não
conseguia engolir", lembra. "Hoje, depois
de entrar na Creche Munir Abbud, ela fala normalmente,
tenta andar sozinha e é muito esperta e inteligente."
Na opinião da costureira, Diane, que nunca
estudou, poderia ter-se desenvolvido melhor se tivesse
tido, como a irmã, contato com outras crianças.
Redação
Terra / O Estado de S. Paulo
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