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Startup cria plataforma online para compra e venda de resíduos e transforma custos em oportunidades de negócio

22 ago 2018 - 11h35
(atualizado às 20h14)
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Em essência, startups são criadas com o objetivo de oferecer soluções novas para problemas antigos. O Brasil enterra anualmente R$120 bilhões ao destinar a aterros e lixõesresíduos que poderiam ser reinseridos em cadeias produtivas, conforme divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ). Analisando este cenário, o carioca Renato Paquet, formado em Ecologia, com ênfase em ecologia industrial e gestão, criou a Polen - Solução e Valoração de Resíduos, um marketplace (mercado) online voltado à compra e venda destes resíduos. É similar ao Mercado Livre, porém apenas de resíduos empresariais.

Foto: Site da Empresa / DINO

"Percebemos, olhando para o mercado, que o que era resíduo para uma empresa poderia ser matéria-prima para outra. Por meio de nossa plataforma, unimos as duas pontas e transformamos os resíduos em oportunidades de negócio", conta Renato.

A limalha de latão que sai de uma indústria de cadeados, por exemplo, se transforma em acessórios e bijuterias. Em outro exemplo, engenheiros de produto de um gigante da siderurgia mostraram que os resíduos de sua produção (agregado siderúrgico) poderiam ser empregados em processos da construção civil.

A plataforma funciona da seguinte maneira: o vendedor do resíduo cadastra a sua venda, ou o comprador cadastra sua demanda. A Polen, que possui um time de vendedores interno, busca encontrar um comprador ou vendedor qualificado para a empresa, não somente na plataforma, mas em toda rede de contatos offline que ela possui. Os vendedores cuidam de toda a negociação e atualizam as empresas através de ligações e e-mails. Tudo isso sem investimentos.

Além da diminuição de custos, o impacto ambiental no aproveitamento dos resíduos é outro aspecto essencial do negócio criado pela Polen: o produto gerado a partir de matéria-prima reciclada vem com pegada muito reduzida de carbono. Sendo assim, a Polen emite um certificado ambiental e um relatório de sustentabilidade para todos seus clientes envolvidos na transação, isto é, o comprador e o vendedor,  

A startup, graduada no Founder Institute (maior pré-aceleradora de startups do mundo), também é uma solução para ajudar as indústrias a se adequarem à Lei de Logística Reversa (Lei 12.305/10). De acordo com a lei, a indústria passa a responder, no exercício de 2018, pela reinserção em cadeias produtivas de 22% dos resíduos de embalagem que levar ao mercado - até outubro de 2020, este percentual se estenderá a 50%. Além de facilitar a reinserção através de uma vasta gama de compradores de resíduos cadastrados na plataforma, é possível comprar créditos de logística reversa.

"A exemplo do que se faz com o crédito de carbono, criamos na plataforma a compra e venda de créditos de logística reversa: se a indústria não conseguiu recuperar as embalagens no percentual indicado pela lei, ela pode adquirir créditos de alguma outra que os tenha de sobra ou de cooperativas de reciclagem, que, apesar de não fornecerem produtos embalados ao consumidor final, fazem uma boa parte do trabalho de reinserção de resíduo pós-consumo em novos processos produtivos", conta o CEO da Polen.

A indústria recorria a uma cooperativa de reciclagem e comprava notas fiscais que atestavam que ela vendera seus resíduos a um reciclador - que, por sua vez, teria feito o trabalho de retornar a embalagem ou outro tipo de resíduo a um destino eficiente. A Polen percebeu, no entanto, que este modelo não trazia segurança à operação. Existe o risco de a mesma nota ser comprada por duas ou mais empresas. A solução, conta Renato Paquet, foi encontrada no blockchain, sistema que assegura a segurança e transparência absolutas das transações em criptomoedas.

"Estudamos muito o sistema, e criamos, junto à EOS - Rio, a nossa própria aplicação que funciona sobre a blockchain da EOS. A Polen é capaz, agora, de criar um registro único da operação de compra de créditos de logística reversa, criptografando e "tokenizando" a nota fiscal. O que vendemos à indústria é apenas o token, a parte criptográfica, que representa a nota. É impossível haver duplicidade do token", garante.

Além do mais, a Polen criou o Blog da Polen, um espaço online gratuito exclusivamente dedicado ao compartilhamento, divulgação e publicação de notícias, artigos, colunas e relatórios sobre o universo dos resíduos sólidos no Brasil e no mundo. O blog é excelente para entender e se atualizar sobre os assuntos que tangem os resíduos.

Website: http://www.brpolen.com.br

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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