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Dados revelam que, no Brasil, um terço dos municípios não paga o piso salarial dos professores

O levantamento mostrou que, em 2023, apenas 68,5% das cidades brasileiras pagaram o piso nacional do magistério, estipulado em R$ 4.420,44 para professores.

25 set 2025 - 16h10
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Nesta quinta-feira, 25 de setembro, o movimento Todos Pela Educação divulgou o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2025, trazendo dados preocupantes sobre a valorização da carreira docente no país.

Professor em sala de aula
Professor em sala de aula
Foto: José Cruz / Agência Brasil / Portal de Prefeitura

O levantamento mostrou que, em 2023, apenas 68,5% das cidades brasileiras pagaram o piso nacional do magistério, estipulado em R$ 4.420,44 para professores da rede pública com jornada de 40 horas semanais.

Isso significa que cerca de um terço dos municípios descumpriu a lei, instituída em 2008, que obriga estados e prefeituras a seguirem o valor definido anualmente pelo Ministério da Educação (MEC).

Desigualdade regional no pagamento do piso

A pesquisa revelou um contraste significativo entre as regiões do país. Apesar de ser a mais rica do Brasil, o Sudeste apresentou o pior índice de cumprimento: quase 45% das prefeituras deixaram de pagar o salário-base aos docentes.

Já no Nordeste, o cenário se mostrou mais positivo. Ceará (98,1%) e Piauí (93,8%) lideram o ranking dos estados que mais respeitaram o piso salarial. Outros destaques foram Mato Grosso do Sul (91,3%), Rondônia (90,2%) e Maranhão (87,5%).

Na outra ponta, Roraima (33,3%) e Espírito Santo (37%) registraram os piores resultados, seguidos por Acre (42,1%), Minas Gerais (46,6%) e Rio de Janeiro (50%).

Piso atualizado em 2025

De acordo com a legislação, o piso é reajustado todos os anos. Em 2025, o valor foi fixado em R$ 4.867,77, e continua sendo o mínimo que deve ser pago a professores da educação básica pública com carga horária de 40 horas semanais.

Diferença salarial em relação a outras carreiras

Mesmo quando recebem o piso, os professores permanecem em desvantagem em comparação com profissionais de outras áreas de nível superior. Em 2024, o rendimento bruto médio dos docentes da rede pública foi de R$ 5.481,01, equivalente a 86,1% da média salarial dos demais trabalhadores com diploma universitário, que foi de R$ 6.368,97.

A série histórica indica avanços, ainda que lentos, rumo à equiparação. Em 2014, os professores recebiam 71% do salário médio de outros profissionais. Esse percentual subiu para 83% em 2022, alcançou 87% em 2023 e caiu levemente para 86% em 2024.

Confira ranking completo: 

  • Acre - 42,1%
  • Alagoas - 70,4%
  • Amapá - 60,0%
  • Amazonas - 82,6%
  • Bahia - 81,6%
  • Ceará - 98,1%
  • Distrito Federal - (sem dado)
  • Espírito Santo - 37,0%
  • Goiás - 67,7%
  • Maranhão - 87,5%
  • Mato Grosso - 60,2%
  • Mato Grosso do Sul - 91,3%
  • Minas Gerais - 46,6%
  • Pará - 84,9%
  • Paraíba - 64,8%
  • Paraná - 65,9%
  • Pernambuco - 80,8%
  • Piauí - 93,8%
  • Rio de Janeiro - 50,0%
  • Rio Grande do Norte - 60,5%
  • Rio Grande do Sul - 62,0%
  • Rondônia - 90,2%
  • Roraima - 33,3%
  • Santa Catarina - 70,4%
  • São Paulo - 70,0%
  • Sergipe - 69,9%
  • Tocantins - 63,8%
Portal de Prefeitura
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