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Criminosos fingem ser do INSS para invadir casas em novo golpe

O casal que aplicava o golpe foi preso em flagrante com crachás do INSS, prancheta com dados de beneficiários e quatro celulares. A polícia ainda está apurando como eles tiveram acesso às informações

3 mai 2024 - 16h06
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Um homem e uma mulher foram presos em flagrante tentando aplicar um golpe da falsa prova de vida do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) em um idoso na tarde da última segunda-feira (29). A dupla foi presa no bairro Balneário Barra da Jangada, em Peruíbe, no litoral de São Paulo.

Criminosos que aplicavam golpe do INSS no litoral de São Paulo foi preso em flagrante
Criminosos que aplicavam golpe do INSS no litoral de São Paulo foi preso em flagrante
Foto: Divulgação / Polícia Militar / Perfil Brasil

Os criminosos fingiam ser funcionários do INSS para pegar dados das vítimas, sacar dinheiro e fazer empréstimos. De acordo com a Polícia Militar (PM), os golpistas levantaram a suspeita de um policial em um comércio no bairro Balneário Barra da Jangada. Eles usavam crachás do INSS, prancheta, carregavam quatro celulares e faziam perguntas pessoais ao homem no meio do estabelecimento. A situação chamou a atenção do PM por não ser um procedimento padrão do INSS, o que motivou uma abordagem ao casal.

Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), a prisão ocorreu por volta das 13 horas, quando os policiais encontraram os criminosos e a vitima, um idoso de 65 anos. Ainda de acordo com a PM, o casal tinha também uma lista com nomes e dados pessoais de contribuintes do INSS.

A SSP ainda ressaltou que os suspeitos indicaram um carro durante a abordagem policial, que estava sendo utilizado para a prática dos crimes. O veículo foi apreendido.

Como estava sendo feito o golpe?

De acordo com investigações da polícia, o casal estava visitando casas dos contribuintes alegando a necessidade de uma atualização de dados para a continuação do recebimento de benefícios previdenciários. Durante as visitas, o casal estava coletando assinaturas e fotos das vítimas no intuito de realizarem saques e empréstimos no nome dessas pessoas. Os prejuísos passavam de 34 mil reais por vítima.

Após a prisão, a polícia foi até a agência do INSS mais próxima e lá encontraram mais vítimas do esquema. Durante o registro da ocorrência, mais enganados se apresentaram na delegacia para adicionar ao relato no inquérito policial.

A dupla foi presa e levada à cadeia pública, onde esta à disposição da justiça. O caso foi registrado como uso de documento falso e estelionato  na Delegacia de Paruíbe.

O INSS informou em nota que, assim que recebeu a denúncia, encaminhou as imagens à Procuradoria Federal Especializada e à Polícia Federal para apurar como os criminosos tiveram acesso aos dados dos beneficiários.

"Nenhuma prática que vise prejudicar ou extorquir aposentados, pensionistas e segurados em geral passará impune. Todas as denúncias serão encaminhadas para apuração para que as medidas cabíveis sejam tomadas. Sejam elas quais forem", afirmou Alessandro Stefanutto, presidente do INSS.

Prova de Vida

O INSS informou em comunicado ainda que não realiza pesquisas externas para prova de vida. A pesquisa ocorre somente em caso de comprovação de vínculo, endereço e irregularidades. O instituto alerta que os servidores não pedem cópia de documentos ou fotografias de aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios pagos.

Em caso de dúvida, o beneficiário deve pegar nome completo e matrícula do suposto servidor e ligar gratuitamente para a Central de Atendimento 135 para confirmar se a pessoa é realmente do INSS.

A prova de vida é um procedimento anual para comprovar que aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios de longa duração estão vivos. Entretanto, em março, o Ministério da Previdência Social decidiu suspender, até 31 de dezembro deste ano, o bloqueio de pagamento a beneficiários por falta de prova de vida.

A prova de vida é feita pelo instituto a partir do recebimento de dados de outros órgãos públicos federais, preferencialmente biométricos, para realizar cruzamento de dados dos beneficiários. Essas informações são cruzadas com outras que constam na base do governo.

  * Sob supervisão de Lilian Coelho

Perfil Brasil
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