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Coronavírus

Governo prevê concluir imunização contra covid-19 só em 2022

Idosos e profissionais de saúde terão preferência; governo ainda não estipulou uma data para começar campanha

18 dez 2020 - 05h10
(atualizado às 07h27)
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BRASÍLIA - O governo estima conseguir, até a metade de 2022, imunizar toda a população do Brasil. Embora ainda não haja uma data precisa para o começo da campanha, a previsão é de vacinar no primeiro semestre de 2021 grupos prioritários, que somam 49,6 milhões de pessoas, como profissionais de saúde e idosos. Essa etapa deve durar quatro meses. O restante da população, segundo o plano nacional de imunização, será imunizado nos 12 meses seguintes.

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, conversa com presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de anúncio da operacionalização do plano de vacinação contra Covid-19 no Palácio do Planalto
16/12/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, conversa com presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de anúncio da operacionalização do plano de vacinação contra Covid-19 no Palácio do Planalto 16/12/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O governo federal ainda negocia a compra de vacinas e até de seringas para a campanha. Após meses de brigas com o governo de São Paulo, de João Doria, o Ministério da Saúde prevê a compra de pelo menos 46 milhões de doses da Coronavac, sendo que 9 milhões já seriam entregues em janeiro, segundo afirmou ontem o ministro Eduardo Pazuello. Em outubro, quando as negociações começaram, o presidente Jair Bolsonaro chegou a vetar a aquisição do produto da chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã.

Ao participar de audiência no Senado ontem, Pazuello disse que o Brasil não está atrasado, mas "na vanguarda" do processo de imunização. Ele calcula que a aplicação deve começar em "meados de fevereiro".

Prioritários. Como não há ampla oferta de vacinas, o ministério afirma que o objetivo principal da campanha passa a ser reduzir a morbidade e mortalidade pela covid-19 em grupos prioritários. Para se atingir a "imunidade de rebanho", diz o documento, mais de 70% da população teria de ser vacinada.

O cronograma de vacinação dos grupos prioritários, n o entanto, foi montado a partir da previsão de doses disponíveis em 2021 da vacina de Oxford/AstraZeneca - o que ainda está por ser confirmado.

A ideia é distribuir 100,4 milhões de doses até julho e mais cerca de 110 milhões no restante do ano. Essas fases devem imunizar 49,65 milhões de pessoas com 104,26 milhões de doses Mas o governo admite mudar o desenho e ampliar os grupos prioritários quando houver disponibilidade e cronograma de entrega.

Estadão
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