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Coronavírus

EUA analisam 4 casos de trombose pós-vacina da Janssen

Imunizante ainda não começou a ser usado na União Europeia

9 abr 2021 - 13h38
(atualizado às 13h42)
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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nesta sexta-feira (9) que está fazendo uma revisão dos dados da vacina anti-Covid da Janssen-Cilag, do grupo Johnson & Johnson, após quatro "eventos tromboembólicos" nos Estados Unidos.

Frascos da vacina da Janssen contra covid-19
Johnson & Johnson/Divulgação via REUTERS
Frascos da vacina da Janssen contra covid-19 Johnson & Johnson/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

A tromboembolia venosa é a formação de coágulos que acabam obstruindo as veias. É uma doença grave, mas que tem uma incidência bastante alta em todo o mundo. Segundo a EMA, os quatro casos foram graves e uma pessoa acabou morrendo.

"Esses relatórios apontam para um 'sinal de segurança', mas ainda não está claro se há uma associação causal entre a vacinação com a vacina anti-Covid da Janssen e essas condições.

O Prac [comitê de segurança da EMA] está investigando esses casos e decidirá se alguma ação regulatória será necessária, o que usualmente consiste na atualização da informação no produto", diz a curta nota técnica.

Conforme dados da agência Bloomberg, a J&J entregou 11,4 milhões de doses para os estados norte-americanos até o dia 6 de abril.

Em nota, a Janssen informou que "está ciente que os eventos tromboembólicos foram detectados para todas as vacinas contra a covid-19". "Nosso atento monitoramento sobre os efeitos colaterais revelou um número limitado de eventos muito raros após a vacinação. No momento, não foi estabelecida uma clara reação causal entre esses eventos raros e a vacina da Janssen", informou ainda a empresa.

Atualmente, o imunizante da Johnson & Johnson não é usado em nenhum país da União Europeia apesar da EMA ter dado a autorização de uso emergencial em 11 de março. As primeiras doses da vacina - que tem a vantagem de ser aplicada em uma única dose - iriam começar a ser distribuídas na próxima semana.

A situação é semelhante ao que ocorreu com a vacina da AstraZeneca/Universidade de Oxford. Nesta semana, a EMA continuou a liberar o uso emergencial, mas pediu que fosse adicionada na bula uma informação de que tromboses são efeitos colaterais "muito raros" do imunizante.

Apesar de não conseguir confirmar com precisão que a vacina é quem causa o problema, a agência informou que foram 86 casos de eventos do tipo em cerca de 25 milhões de vacinados - 0,0003% do total de pessoas imunizadas.   

Ansa - Brasil   
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