Estoques em baixa preocupam bancos de sangue no Rio
Por causa das restrições de mobilidade, doadores estão deixando de comparecer aos hemocentros
O regime de quarentena em todo o Estado do Rio vem afetando a reposição de sangue em seus hemocentros. Por ter de ficar em casa, a fim de se preservar contra a ameaça do novo coronavírus, muitos doadores habituais têm deixado de colaborar. Para tentar superar o problema, o Hemorio decidiu fazer campanha de coleta domiciliar, desde o início de abril. Os resultados da iniciativa têm sido satisfatórios, mas ainda são insuficientes.
O Hemorio integra a rede pública de saúde do Rio e distribui sangue para 180 hospitais do Estado, maternidades e UTIs neonatais conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS).
Por todo o Rio, a situação continua preocupante. Na Baixada Fluminense, a chegada da covid-19 também atingiu em cheio os bancos de sangue. Centros de transfusão locais têm tentado adotar estratégias para manter a confiança dos voluntários. Diretora-médica de duas dessas unidades, Catarina Finkel fez um apelo à população fluminense.
“Os enfermos continuam precisando de doações. A consciência de todos é fundamental, principalmente no momento atual.”
Ela explicou que os centros de transfusão de sangue da Baixada Fluminense, em Duque de Caxias e Nova Iguaçu, e a Clínica de Hemoterapia, localizada em Niterói e da qual também é diretora, estabeleceram novas regras para dar segurança aos doadores. Eles recebem máscaras assim que chegam a uma das unidades, são orientados sobre a utilização da peça, têm álcool gel e sabão líquido à disposição, e esperam atendimento em salas com distanciamento adequado entre as cadeiras.