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Coronavírus

Empresas participam de ações em força-tarefa contra covid-19

Nas últimas semanas, setor privado investiu em doações e em iniciativas para ampliar o acesso à informação

20 mar 2020 - 08h00
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O crescente aumento no número de infectados e mortos com o novo coronavírus, a covid-19, tem preocupado tanto o setor público -  muito por conta da sobrecarga do sistema de saúde -, quanto o setor privado. Enquanto alguns ficam em casa, mediante recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), governos e empresas tentam diminuir o avanço da pandemia.

O impacto que o novo coronavírus terá na economia global ainda é incerto, mas deve ser grande. Uma previsão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), realizada no início deste mês, é de que o Produto Interno Bruto (PIB) global atinja sua menor marca desde a última década.

O impacto que o novo coronavírus terá na economia global ainda é incerto, mas deve ser grande
O impacto que o novo coronavírus terá na economia global ainda é incerto, mas deve ser grande
Foto: Reuters

Independentemente do baque, que por enquanto só pode ser estimado, algumas companhias e personalidades conhecidas têm se articulado para ajudar na luta contra o novo coronavírus. Doações de kits para teste da covid-19 e de máscaras, produção de álcool em gel e doações financeiras são algumas das ações do setor privado na pandemia.

Uma das personalidades mais engajadas no combate ao coronavírus é o fundador do Alibaba, Jack Ma. Em sua conta oficial no Twitter, o empresário anunciou doações de roupas para uso médico, kits de teste e máscaras para o continente africano e a Itália.

O cofundador da Microsoft, Bill Gates, também anunciou medidas contra o avanço da covid-19. No caso do empresário americano, a ajuda será financeira. Ele doará para a OMS a quantia de US$ 100 milhões para pesquisa e desenvolvimento de uma vacina.

Bill Gates, cofundador da Microsoft, doará US$ 100 milhões para a OMS para pesquisa e desenvolvimento de uma vacina.
Bill Gates, cofundador da Microsoft, doará US$ 100 milhões para a OMS para pesquisa e desenvolvimento de uma vacina.
Foto: Thomas Peter / Reuters

Entre as empresas, há alguns destaques, como, por exemplo, é o caso da marca chinesa de eletrônicos Xiaomi que, no início deste mês, anunciou a doação de 10 mil máscaras e suprimentos para a Itália.

No Brasil, a rede de fast-food Burger King anunciou que doará parte do lucro líquido de cada sanduíche vendido para o Sistema Único de Saúde (SUS). A companhia brasileira de bebidas Ambev, por sua vez, produzirá 500 mil unidades de álcool em gel para hospitais públicos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Home office

Mediante as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas têm ficado em casa, e as empresas têm adotado o home office como regime de trabalho. Com colaboradores operando de maneira remota, a comunicação entre membros de uma mesma equipe pode virar um desafio.

Mediante as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), empresas têm adotado o home office como regime de trabalho
Mediante as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), empresas têm adotado o home office como regime de trabalho
Foto: Unsplash

Pensando no desafio de gerenciar colaboradores à distância em tempos de pandemia, algumas empresas passaram a oferecer suas soluções para gerenciamento de equipes de maneira gratuita. Foi o caso, por exemplo, do Google, com o Google Hangouts Meet, e da Microsoft, com o Microsoft Teams.

A ferramenta do Google, o Hangouts Meet, possibilita que equipes se reúnam em videoconferências, de até 100 membros em uma mesma chamada. Já a plataforma da Microsoft, o Microsoft Teams,permite, além das chamadas em vídeo, armazenamento de arquivos e bate-papo entre os usuários.

O setor público aposta na tecnologia

O foco total de muitos países é o de conter o avanço do novo coronavírus para aliviar a demanda no sistema público de saúde. É uma tática que foi divulgada, em 2007, pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos em um estudo sobre evolução de pandemias. Afinal, quanto mais pessoas infectadas, mais pessoas procurarão atendimento, podendo provocar uma sobrecarga em hospitais e unidades de atendimento.

Na Itália, por exemplo, o sistema de saúde entrou em colapso devido à lentidão do governo em adotar medidas para conter a disseminação da covid-19. Não são poucos os relatos de equipes médicas italianas trabalhando horas afinco sem poder parar. Por lá, o número de infectados já ultrapassou a marca de 30 mil pessoas, de acordo com dados compilados da OMS.

Na Itália, por exemplo, o sistema de saúde entrou em colapso devido à lentidão do governo em adotar medidas para conter a disseminação da covid-19
Na Itália, por exemplo, o sistema de saúde entrou em colapso devido à lentidão do governo em adotar medidas para conter a disseminação da covid-19
Foto: Remo Casilli / Reuters

Para evitar casos semelhantes aos da Itália, além de seguir as recomendações da OMS, governos ao redor do mundo têm utilizado a tecnologia como forma de instruir e orientar a população sobre a pandemia e o novo coronavírus.

O Google, em parceria com o governo dos Estados Unidos, por exemplo, deve lançar até a semana que vem, um site com informações sobre sintomas, riscos e orientações sobre a covid-19. Essa iniciativa ocorreu depois de um mal-entendido provocado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma coletiva na última sexta-feira (13).

A aposta do Brasil, para conter o alastramento da pandemia, não foi em um site. O Ministério da Saúde lançou, na última semana, um aplicativo gratuito, intitulado “Coronavírus-SUS”, com informações sobre o novo coronavírus.

No aplicativo, o usuário também pode responder um “quiz” para verificação de sintomas, numa espécie de triagem virtual, ver um mapa com as unidades de atendimento mais próximas e ler dicas para prevenção da doença.

Fonte: Redação Terra
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