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Iniciativas do mercado tentam diminuir impacto ambiental dos lixos eletrônicos

Empresas recolhem produtos quebrados, consertam e revendem, quando é possível, ou desmontam e vendem as peças para empresas que reciclam

9 nov 2020 - 15h10
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A cooperativa Geração Ecotrônicos nasceu para tentar solucionar o problema do descarte do lixo eletrônico. A instituição fica em Osasco e é responsável por recolher produtos quebrados. Eles consertam e revendem, quando é possível, ou desmontam e vendem as peças para empresas que reciclam.

"O que mais vem é computador. Muita CPU. Antes da pandemia chegava até 30 por mês. Às vezes aparece rádio, liquidificador, geladeira. A gente criou até um pequeno museu de antiguidades", conta o gestor ambiental Jaquiel Oliveira, coordenador da cooperativa.

A Ecotrônicos possui parceiros como o Colégio Ser e a casa de construção Village Home Center. Eles atendem também a demandas pelas redes sociais ou pelo site. Por causa da pandemia, o serviço caiu bastante nos últimos meses e a cooperativa tem encontrado dificuldade para buscar produtos em regiões muito distantes. "Dependendo do lugar, hoje, não está compensando, porque o que a gente vai ganhar com a venda é menor do que o gasto com transporte", diz Oliveira. Sua expectativa até o final do ano é retomar o volume de trabalho de antes do coronavírus, assim conseguir mais parceiros e aumentar os pontos de coleta.

A Trocafone também nasceu para atender essa demanda de mercado e trabalha com o recomércio de smartphones e tablets seminovos. Já são mais de 1,5 milhão de smartphones usados que foram vendidos desde sua fundação, em 2014. "No início tivemos muita dificuldade para conseguir peças originais, as grandes empresas abriam mão do reparo. Só depois que crescemos, que viramos assistência autorizada para Apple e Samsung, que tivemos mais acesso ao reparo", conta Guille Freire, CEO e fundador da Trocafone.

No Brasil, segundo Freire, 50 milhões de pessoas compram smartphone todos os anos. E 100 milhões de pessoas ainda não tem esse tipo de aparelho. "Quem compra, muitas vezes, guarda o telefone antigo. Queremos integrar esses dois grupos e fazer desse mercado, que ainda é super informal, mais eficiente."

Estadão
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