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Avião da FAB que transportava Lula sofreu falha técnica, não sabotagem, dizem autoridades

ESPECIALISTA EXPLICA QUE TIPO DE FALHA RELATADA PODE OCORRER POR RAZÕES TÉCNICAS; FAB E PLANALTO DESCARTAM SABOTAGEM

8 out 2025 - 12h26
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O que estão compartilhando: que um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que iria transportar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Pará foi alvo de sabotagem.

Avião da FAB que iria transportar presidente Lula de Belém (PA) até Brves (PA) não foi sabotado
Avião da FAB que iria transportar presidente Lula de Belém (PA) até Brves (PA) não foi sabotado
Foto: Reprodução/Instagram / Estadão

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. Especialista ouvido pelo Verifica explicou que o incidente apresentado pela aeronave - um estrondo seguido de muita fumaça - não é indício de sabotagem. De acordo com ele, esse tipo de situação é rara, mas pode acontecer por razões técnicas. O Palácio do Planalto disse que o avião apresentou um "problema técnico-operacional", ainda em solo, durante os procedimentos de acionamento dos motores. Procurada, a FAB reiterou que o incidente foi de natureza técnica e afirmou que a hipótese de sabotagem foge à realidade.

Saiba mais: Em 3 de outubro, Lula relatou problemas em um avião da FAB durante uma viagem no Pará. A falha técnica ocorreu na quinta-feira, 2, com a aeronave que o levaria à Ilha do Marajó para visitar obras ligadas à COP-30.

Um vídeo publicado no Instagram sobre o assunto especula que o avião teria sido "sabotado por traidores na FAB". Quem faz a alegação é um homem que se assemelha ao apresentador de TV norte-americano Stephen Colbert. Porém, o jeito como ele formula as frases e a falta de sincronia entre a voz e os movimentos da boca sinalizam que a imagem dele foi adulterada por ferramentas de inteligência artificial (IA).

O personagem diz coisas como: "Fontes vazam: cabos cortados, veneno infiltrado" e "Motor cospe fumaça preta, não há falha técnica. Bomba química no combustível". Publicado no dia 3 de outubro, o vídeo foi assistido cerca de 33 mil vezes.

O que aconteceu com o avião

A nota publicada pelo Palácio do Planalto sobre o incidente informa que inicialmente, o trajeto de Belém (PA) a Breves (PA), no Arquipélago do Marajó, seria feito em um avião modelo C-105 Amazonas, da FAB. Apesar de não fazer parte da frota presidencial, a aeronave foi escolhida por ser adequada às condições da pista no município de destino.

"Ainda em solo, durante os procedimentos de acionamento dos motores, foi identificado um problema técnico-operacional na aeronave", diz a nota.

O texto informa ainda que a solução para contornar o problema foi utilizar uma aeronave reserva, sempre disponível nas missões presidenciais.

O jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, revelou bastidores do susto de Lula com o avião. De acordo com a reportagem, quando a aeronave estava prestes a partir, o presidente e sua comitiva sentiram uma pressão no ouvido e ouviram um "estrondo grande". Os passageiros foram evacuados de forma rápida pela porta traseira da aeronave. Do lado de fora, assessores viram "muita fumaça".

Em uma postagem publicada na sexta-feira, 3, no X (antigo Twitter), Lula falou sobre o incidente. Disse que no dia anterior visitou a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, para, dentre outras coisas, agradecer pela proteção.

"Ao embarcar em um avião da Força Aérea Brasileira rumo à Ilha do Marajó, tivemos um problema no motor. Graças a Deus, ainda estávamos em terra e foi possível trocar de aeronave", escreveu o presidente.

Especialista descarta sabotagem

O vídeo sugere que uma pessoa poderia estar por trás da sabotagem contra Lula. Mas, segundo o engenheiro de manutenção aeronáutica Lauro Nishiura Junior uma pessoa sozinha não conseguiria sabotar um avião. Nishiura trabalha como operador de projetos da Airbus, empresa fabricante do C-105.

A postagem levanta a hipótese de que a aeronave do presidente teria passado por problemas com combustível ou fiação cortada. Mas isso não resultaria em um estrondo seguido de fumaça no motor, segundo explica o engenheiro.

Nishiura diz que as informações disponíveis até o momento sobre o problema no C-105 não permitem saber a causa do incidente. Por ser um avião militar, o relatório da investigação não ficará disponível ao público. Por isso, alerta o especialista, qualquer conclusão seria mera especulação. Para ele, possibilidades incluem falha técnica ou falta de manutenção.

Em resposta enviada ao Verifica, a FAB desmentiu as informações do vídeo e reiterou que "a ocorrência envolvendo a aeronave C-105 Amazonas constituiu-se de problema técnico, prontamente verificado pela tripulação".

Estadão
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