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Trânsito

Taxistas bloqueiam vias de entrada e saída de Porto Alegre

Ato é em protesto pela morte de três motoristas na madrugada de sábado

31 mar 2013 - 19h11
(atualizado em 1/4/2013 às 10h13)
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Taxistas bloqueiam vias de Porto Alegre em protesto pelo assassinato de três colegas
Taxistas bloqueiam vias de Porto Alegre em protesto pelo assassinato de três colegas
Foto: Daniel Favero / Terra

Dezenas de taxistas bloquearam por volta das 19h deste domingo a avenida Castelo Branco, uma das principais vias de entrada e saída de Porto Alegre, nas proximidades da estação rodoviária. Os motoristas saíram do Largo Zumbi dos Palmares, onde estavam concentrados, e pretendiam interromper o trânsito por aproximadamente uma hora, em protesto pelas mortes de três taxistas ocorridas na madrugada de sábado na Capital.

Faltando 10 minutos para as 20h, eles se reuniram em frente à rodoviária, fizeram um minuto de silêncio e rezaram em homenagem aos colegas mortos. Logo depois, eles seguiram avenida Castelo Branco em direção ao aeroporto da cidade para seguir com a manifestação.

Taxistas fazem novo protesto em Porto Alegre:

Com o trânsito parado, o superintendente da rodoviária, Jorge Rossi, chegou a fazer um alerta aos usuários dos ônibus. "Em virtude de ser um fato novo, as pessoas mais prejudicadas são as que estão chegando. Mas vão poder trocar a passagem, embarcar mais tarde ou pedir o dinheiro de volta", tranquilizou.

De acordo com o taxista Luciano Soares, na verdade, quatro taxistas foram mortos na noite de sábado, "só não sei por que a polícia não está divulgando isso", afirmou. Ainda de acordo com os motoristas, as mortes teriam sido motivadas por vingança. "Foi o coiote, ele apanhou de taxistas após uma tentativa de assalto e quando foi preso prometeu que voltaria às ruas para matar taxistas", dizia um grupo.

Para realizar a manifestação, os carros foram ornados com faixas pretas e cartazes pedindo mais segurança nas ruas. Um deles, Anderson Carvalho, 41 anos, se dizia tocado com a cena que presenciou no enterro de Eduardo Ferreira, uma das vítimas de sábado. "Eu vi a  filha  dele, de 13 anos, beijando o rosto do pai no caixão e dizendo: 'pai eu estava te esperando para a Páscoa, mas tu não voltou'", lembra.

Entenda o caso

Os taxistas Claudio Gomes, Edson Borges e Eduardo Ferreira foram encontrados mortos durante a madrugada de sábado em diferentes pontos da cidade. Após a identificação da primeira vítima, os motoristas realizaram uma manifestação que percorreu as ruas de Porto Alegre até a casa do governador do Estado, Tarso Genro. Por volta das 12h30 ocorreu uma nova reunião de motoristas em frente ao Palácio da Polícia, sede da Polícia Civil. Os manifestantes ocuparam duas faixas da avenida Ipiranga e saíram em carreata pela cidade pedindo mais seguranças para os taxistas nas ruas.

Neste domingo, o secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Airton Michels, detalhou em entrevista coletiva o andamento das investigações sobre os assassinatos. Ao reforçar que os projéteis foram disparados pela mesma arma, calibre 22, Michels disse que o assassino pode se tratar de um psicopata.

"Isso pode ser indicativo de uma psicopatia. Existem várias nuances do que pode ter ocorrido", afirmou ao citar também as mortes de outros três taxistas ocorridas na última semana na cidade de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. Segundo ele, os crimes num curto espaço de tempo evidenciam um "fato inédito" na crônica policial do Rio Grande do Sul e do Brasil.

Fonte: Terra
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