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Trânsito

Novos protestos interditam trechos de rodovias em Minas Gerais

Pelo menos quatro pontos de rodovias federais foram bloqueados por manifestantes nesta sexta-feira

28 jun 2013 - 13h43
(atualizado às 13h47)
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Os motoristas que trafegam por estradas de Minas Gerais enfrentam mais um dia de trechos interditados e congestionamentos em decorrência de protestos. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram registrados bloqueios em quatro pontos de rodovias federais na manhã desta sexta-feira.

Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas

Manifestações tomam as ruas do País; veja fotos

Na BR-116, altura do km 388, na cidade de Governador Valadares, o trânsito foi liberado no começo da tarde, depois de aproximadamente 150 pessoas protestarem, desde as 10h, fechando os dois sentidos da pista. A PRF não informou quais são as reivindicações do grupo.

Na BR-381, houve interdição em dois trechos. Na altura do km 451, em Sabará, os manifestantes ocuparam as pistas das 7h às 9h15. Apesar da liberação total do trânsito, o fluxo de veículos continua lento no local. Na altura do km 486, na cidade de Betim, cerca de 50 manifestantes ocupam, após negociação com a polícia, apenas as pistas marginais, que estão sendo liberadas alternadamente a cada dez minutos. De acordo com a PRF, o protesto começou às 10h.

Segundo a corporação, o trânsito também ficou interrompido por cerca de 40 minutos, a partir das 7h, na BR-040, na altura de Conselheiro Lafaiete, no km 622. No local, manifestantes ocuparam as pistas nos dois sentidos.

Além dos protestos nas estradas mineiras, estão previstas mais manifestações para a tarde desta sexta-feira em outros locais do País. Somente no Distrito Federal, vários grupos programam se reunir para reivindicar pautas específicas, como melhorias no sistema de transportes e o fim da truculência policial.

A partir das 14h, o Conselho Regional de Medicina e a Associação Brasiliense de Médicos Residentes promovem caminhada por melhorias na saúde pública e contra a importação de médicos estrangeiros. A concentração será em frente à sede do conselho, na Asa Sul, área central de Brasília. Pouco depois, às 15h, o grupo da Marcha do Vinagre realiza ato para pedir a saída dos presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A concentração será no Museu da República, de onde os manifestantes seguirão em direção ao Congresso Nacional.

Também está previsto para as 16h um ato contra a truculência em ações policiais, com concentação ao lado do Brasília Shopping. O grupo pretende caminhar até o Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. Às 17h, estão programadas duas manifestações: uma na Praça do Relógio, em Taguatinga, no Entorno do DF, organizada pelo Comitê Popular da Copa do Distrito Federal, em que serão cobradas melhorias no transporte público, na educação e na saúde e transparência nos gastos da Copa; e outra, promovida pela Frente Popular em Defesa da Saúde, que fará uma assembleia embaixo do prédio da Biblioteca Nacional, para discutir as ações contra o Ato Médico.

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Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/mapa-protestos-pelo-mundo/iframe.htm" href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/mapa-protestos-pelo-mundo/iframe.htm">veja o infográfico</a>

Agência Brasil Agência Brasil
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