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STF mantém extradição de italiano conhecido com 'rei da cocaína'

Rocco Morabito foi preso pela PF em maio do ano passado

24 mai 2022 - 17h05
(atualizado às 18h35)
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta terça-feira (24) a autorização para extradição do mafioso italiano Rocco Morabito, considerado o "rei da cocaína" e um dos mais importantes líderes do grupo 'Ndrangheta.

Um dos líderes do grupo 'Ndrangheta' foi capturado na Paraíba
Um dos líderes do grupo 'Ndrangheta' foi capturado na Paraíba
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A medida mantém a decisão tomada em março passado, quando o colegiado aprovou a extradição do criminoso à Itália. Hoje, a turma julgou um recurso da defesa, que havia alegado nulidades durante a tramitação do processo.

No entanto, o recurso foi rejeitado, por unanimidade, pelos ministros, e o processo chegou ao fim. Desta forma, o governo federal ficará responsável por entregar Morabito às autoridades italianas.

A decisão, contudo, impõe à Itália alguns requisitos que são exigidos pela legislação brasileira, como fazer a detração da pena imposta e que foi cumprida em presídio do país, e aplicar a punição máxima de 30 anos - limite no Brasil.

Morabito foi preso em um operação da Polícia Federal (PF) em 24 de maio do ano passado. Na ocasião, ele foi localizado em um hotel de João Pessoa, na Paraíba, após ser procurado por cerca de dois anos desde a sua fuga de Montevidéu, no Uruguai.

Logo depois, o "rei da cocaína" foi transferido para a Penitenciária Federal em Brasília, onde está detido até hoje. O mafioso era considerado o segundo foragido mais perigoso da Itália, tendo fugido por cerca de 20 anos, ficando atrás apenas do líder da Cosa Nostra, Matteo Messina Denado, procurado há três décadas.

Na Itália, Morabito já foi condenado a mais de 30 anos de prisão por diversos crimes. Um de seus comparsas, Vincenzo Pasquino, também foi detido com ele na Paraíba, mas a extradição ainda não foi analisada. Os dois foram alvo de um pedido formal do Ministério da Justiça da Itália em 10 de junho do ano passado.

Ansa - Brasil   
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