Sem citar Rússia, Brasil 'manifesta grave preocupação com a escalada do conflito na Ucrânia'
Governo brasileiro pediu respeito ao Direito Internacional Humanitário e à busca por uma solução negociada
Brasil expressa preocupação com a escalada do conflito na Ucrânia, apela ao respeito ao Direito Internacional Humanitário e busca por solução negociada, enquanto EUA ameaçam novas sanções à Rússia.
O governo brasileiro divulgou um comunicado na manhã desta terça-feira, 15, no qual manifesta "grave preocupação com a escalada do conflito na Ucrânia" e cita os crescentes ataques contra a população e infraestrutura civis nas últimas semanas.
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Sem mencionar a Rússia, a nota diz que o mês de junho foi marcado pelo maior número de vítimas fatais civis na Ucrânia desde o início da guerra, segundo relatório do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
"O governo brasileiro conclama as partes beligerantes ao respeito pelo Direito Internacional Humanitário e à busca por uma solução negociada. Reafirma igualmente sua disposição em contribuir para que se possa alcançar uma solução diplomática para o conflito", destaca o comunicado.
Na madrugada do último sábado, 12, a Rússia atacou a Ucrânia com mais de 620 drones e mísseis de longo alcance, deixando ao menos quatro pessoas mortas. No dia anterior, a Rússia também já havia atacado Odessa com drones, atingindo o prédio do centro de recrutamento territorial do Exército ucraniano e edifícios residenciais.
Ameaças de Trump
Após os intensos ataques, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou, na segunda-feira, 14, aplicar taxas de 100% aos produtos importados da Rússia se não houver um acordo sobre a guerra na Ucrânia em até 50 dias.
Ao lado do secretário-geral da Otan, Mark Rutte, na Casa Branca, o presidente norte-americano ainda expressou sua frustração com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ressaltando que sentia que havia um acordo sobre a guerra.
No anúncio, o republicano comentou que o comércio é "ótimo para resolver guerras" e afirmou que "tarifas muito duras" podem ser impostas também aos aliados da Rússia. Trump sugeriu sanções secundárias a outros países que compram petróleo russo. (*Com informações da Ansa e da DW)
