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Roubo de cargas cai com intervenção no RJ, mas aumentam mortes em ações de agentes de segurança

18 jan 2019 - 17h48
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O roubo de cargas baixou no Estado do Rio de Janeiro durante o período da intervenção federal, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão ligado à Secretaria de Segurança Pública, mas as mortes em ações de agentes de segurança do Estado aumentaram no período da ação dos militares.

General Braga Netto, interventor federal no Rio de Janeiro
30/08/2018
REUTERS/Ricardo Moraes
General Braga Netto, interventor federal no Rio de Janeiro 30/08/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

Segundo o ISP, entre março e dezembro do ano passado, período em que vigorou a intervenção, foram 7.463 casos de roubos de cargas contra 9.454 de ocorrências em igual período de 2017, uma queda de mais de 21 por cento.

A intervenção federal na área da segurança pública do Estado do Rio de Janeiro começou em 16 de fevereiro, mas os dados foram compilados a partir de março para permitir a devida comparação com o ano anterior.

O combate ao roubo de cargas foi uma das prioridades da intervenção depois de um avanço em 2017 que fechou com mais de 10,5 mil casos em todo o Estado. Algumas empresas chegaram a cobrar mais caro pelo frete para o Rio de Janeiro e alguns motoristas aumentaram o valor do serviço ou até se recusaram a fazer entregas no Estado.

Por outro lado, os casos de mortes de pessoas em ações de agentes do Estado cresceram no período da intervenção federal, de acordo com o ISP. Ao longo de 2018 foram 1.532 mortes contra 1.127 no ano de 2017 --alta de quase 36 por cento.

Somente durante o período da intervenção foram 1.273 mortes em operações de agentes de Estado. Já o total de homicídios dolosos no Rio em 2018, quando há intenção de matar somaram 4.936, uma queda de 7,7 por cento ante 2017.

Entre março e dezembro de 2018 foram 4.027 homicídios dolosos no Estado, contra 4.364 no mesmo período de 2017. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes em 2018 ficou em 29 contra 32 no ano anterior.

O novo governador do Estado, Wilson Witzel (PSC), que tem adotado um discurso duro contra traficantes e outros criminosos, elogiou o resultado da intervenção e prometeu novamente frear o avanço do crime do Estado.

"A atividade policial no Estado vem mostrando a redução sensível dos índices de criminalidade... o trabalho vem sendo feito de forma eficiente. O Estado estava no colapso em termos de segurança e a intervenção ajudou muito a melhorar e vamos avançar mais ainda", disse o governador a jornalistas.

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