Sem acordo com Motta, oposição mantém ocupação do plenário da Câmara
Grupo exige anistia aos presos de 8 de janeiro, fim do foro privilegiado e impeachment de Alexandre de Moraes para encerrar protesto
Os integrantes da oposição anunciaram, no início da noite desta quarta-feira, 6, que continuarão ocupando a mesa-diretora da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A decisão foi tomada após uma reunião entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Caroline de Toni (PL-SC) e o tenente-coronel Zucco (PL-RS).
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Em coletiva de imprensa, Zucco afirmou que a ocupação dos plenários da Câmara, do Senado e do auditório Nereu Ramos só será encerrada caso o Congresso atenda às demandas do chamado “pacote da paz”. As pautas incluem o fim do foro privilegiado, a anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Durante a tarde, o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), também participou das discussões com os líderes oposicionistas.
A ausência do presidente da Câmara no plenário tem sido alvo de críticas. Parlamentares acusam Hugo Motta de omissão por ainda não ter comparecido para intervir e buscar uma solução para o impasse.
No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) adotou medidas para conter a crise. Ele anunciou que a sessão deliberativa da Casa, marcada para quinta-feira, 7, às 11h, será realizada remotamente.
“A decisão tem por objetivo garantir o funcionamento da Casa e impedir que a pauta legislativa, que pertence ao povo brasileiro, seja paralisada”, declarou Alcolumbre.
Ele também repudiou o movimento da oposição. “Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento", concluiu.
