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Política

PT só existe hoje porque foi beneficiado pela anistia, diz Tarcísio em ato

Governador de São Paulo fez um longo discurso no qual defendeu a anistia ao ex-presidente

7 set 2025 - 16h15
(atualizado às 17h08)
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Resumo
Tarcísio de Freitas defendeu a anistia a Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, criticou o processo judicial contra o ex-presidente e cobrou a Câmara pela votação da pauta, consolidando-se como provável sucessor político na direita.
PT só existe hoje porque foi beneficiado pela anistia, diz Tarcísio em ato
PT só existe hoje porque foi beneficiado pela anistia, diz Tarcísio em ato
Foto: Reprodução/YouTube/Silas Malafaia

Durante o ato em apoio a Jair Bolsonaro (PL) realizado na Avenida Paulista (SP) neste domingo, 7, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fez um longo discurso no qual defendeu a anistia ao ex-presidente. E, para isso, fez uma comparação relembrando o período da ditadura militar e o partido do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Se o PT existe hoje, é porque houve a anistia. Senão, não existiria. Aqueles que gritam 'sem anistia' foram justamente os beneficiados pela anistia", disse o político.

Em seguida, questionou a base legal do processo contra Bolsonaro sobre a trama golpista, da qual ele e outros sete aliados são julgados no Supremo Tribunal Federal (STF) desde a semana passada, com previsão de finalização no próximo dia 12. "E agora, nós temos um julgamento de um crime que não existiu", defendeu Tarcísio.

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Direcionando sua fala à ação política, Tarcísio focou seus apelos no deputado federal Hugo Motta (União-PB), presidente da Câmara. "É por isso que a gente está aqui para dizer para o Hugo Motta: paute anistia", exigiu o governador. Para reforçar a pressão, ele interagiu com a multidão, perguntando "Qual recado vamos dar para Hugo Motta hoje?", ao que os apoiadores presentes responderam em coro: "anistia já".

"Presidente de Casa nenhuma pode conter a vontade da maioria do plenário", disse o governador. "Trazer anistia para pauta é trazer justiça", acrescentou.

Apesar de defender Bolsonaro como principal candidato à presidência, Tarcísio já adota o discurso da polarização, com foco principal em críticas ao PT -- postura que o consolida como o mais provável sucessor do ex-presidente, caso ele permaneça inelegível.

O governador vem se colocando à frente da pauta por anistia desde que Bolsonaro está preso, buscando ganhar pontos com a militância mais radical e se consolidar como o provável candidato da direita à Presidência nas próximas eleições. Na última semana, inclusive, passou dois dias em Brasília e reuniu-se com Motta, a quem cabe pautar ou não a proposta.

Entenda a Lei da Anistia citada por Tarcísio 

Criada em 28 de agosto de 1979, a Lei nº 6.683, conhecida como Lei da Anistia, foi sancionada durante o governo do general João Figueiredo, o último presidente da ditadura militar. Ela previa o perdão para crimes “políticos ou conexos com estes” cometidos entre 1961 e 1979. O objetivo, na época, era promover a transição do regime militar para a democracia. Na prática, porém, o texto acabou beneficiando tanto opositores do regime — presos políticos, exilados e perseguidos — quanto agentes da repressão, como militares e torturadores.

A anistia dos anos 70 e 80 contemplou centenas de perseguidos políticos — incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu, Fernando Gabeira, Carlos Minc, entre outros nomes da esquerda brasileira que foram presos, exilados ou perseguidos durante o regime. Também favoreceu militares e agentes do Estado, impedindo que fossem julgados por crimes de tortura, desaparecimento forçado ou execução de opositores.

Essa dupla interpretação da lei foi duramente criticada por juristas, parlamentares e organizações de direitos humanos. Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter válida a anistia para os agentes da repressão, contrariando inclusive a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Diferente do contexto da transição democrática, o atual debate gira em torno de um suposto perdão a envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Grupos políticos, especialmente ligados à direita e a Bolsonaro, têm pressionado por uma anistia ampla, que incluiria até mesmo figuras já condenadas por tentativa de golpe de Estado.

 

Fonte: Redação Terra
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