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Política

Psol pede abertura de investigação contra Feliciano nesta 4ª

Esta é a segunda representação feita contra o deputado: a primeira foi feita pela deputada Iriny Lopes (PT-ES)

2 abr 2013 - 19h17
(atualizado às 19h42)
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<p>O pastor Marco Feliciano preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara</p>
O pastor Marco Feliciano preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Foto: Alexandra Martins / Agência Câmara

Deputados do Psol vão protocolar, nesta quarta-feira, um pedido de investigação contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara. As representações vão pedir a investigação das denúncias pela Corregedoria da Casa e abertura de processo pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Esta é a segunda representação feita contra o deputado: a primeira foi feita pela deputada Iriny Lopes (PT-ES).

Entre os fatos que motivam os pedidos de investigação, o Psol lista as declarações de Feliciano contra os direitos das mulheres e a liberdade religiosa, um suposto abuso de autoridade do deputado, as relações do pastor com a produtora Wap TV, as vantagens pessoais indevidas obtidas através do mandato parlamentar e sua evolução patrimonial. A entrega da representação será feita às 14h desta quarta, na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara.

Nesta terça-feira, a deputada Iriny Lopes (PT-ES) também protocolou requerimentos de investigação contra Feliciano. Ela pede que o parlamentar seja investigado pela afirmação que fez durante um culto realizado em Minas Gerais, na última sexta-feira. “Eu queria só explicar o porquê de toda essa manifestação. Essa manifestação toda se dá porque pela primeira vez na história deste Brasil um pastor cheio de Espírito Santo conquistou espaço que até ontem era dominado por Satanás", afirmou o pastor. Na segunda-feira, Feliciano afirmou, em sua conta no Twitter, que usou a palavra “Satanás” para se referir a um “adversário”, tradução hebraica do termo.

Na tarde de hoje, os ex-presidentes e ex-vice-presidentes da CDH divulgaram uma nota de repúdio à fala de Feliciano durante o culto. “Consideramos inaceitável a declaração feita pelo parlamentar, relacionando Satanás à comissão, o que mais uma vez demonstra sua incompatibilidade para presidi-la. Os adversários da CDH são os racistas, os homofóbicos, os torturadores e os violadores dos direitos humanos em geral”, afirmaram os parlamentares, em nota. Eles vão pedir aos líderes parlamentares, na reunião marcada para a próxima terça-feira, que tomem as “ações cabíveis” em relação à fala do deputado.

A declaração de Feliciano desagradou até mesmo membros do partido do pastor. A vice-presidente do colegiado, Antônia Lúcia (PSC-AC), havia ameaçado renunciar ao cargo por se sentir ofendida com as declarações do colega. Ontem, ela pediu desculpas em nome do pastor a todos os parlamentares que fizeram parte do colegiado. A deputada é membro da comissão há três anos.

Fonte: Terra
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