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Política

PSOL aposta em comunicador comunista para emplacar primeiro deputado no Nordeste

Filiação de Jones Manoel é apoiada por quadros importantes do partido e pode ajudar legenda a superar cláusula de barreira em Pernambuco

26 dez 2025 - 05h41
(atualizado às 07h07)
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Resumo
O PSOL planeja filiar o comunicador Jones Manoel para buscar eleger seu primeiro deputado no Nordeste, em uma estratégia para ampliar relevância nacional e superar a cláusula de barreira em Pernambuco.
Jones Manoel, influenciador de esquerda e nova aposta do PSOL
Jones Manoel, influenciador de esquerda e nova aposta do PSOL
Foto: @jones.manoel via Instagram / Estadão Conteúdo

O PSOL deve filiar nos próximos meses o comunicador comunista Jones Manoel para conseguir eleger, pela primeira vez, um deputado no Nordeste. Com 2,5 milhões de seguidores no Instagram e no YouTube, Jones é uma aposta para que a sigla possa superar a cláusula de barreira em Pernambuco.

Jones é professor de história e estreou na política em 2022, quando se candidatou ao governo de Pernambuco pelo PCB. Ele obteve 33.931 votos (0,7% dos votos válidos), terminando em sexto lugar, acima do candidato do PSOL ao Palácio do Campo das Princesas, João Arnaldo.

A filiação de Jones é apoiada por quadros importantes do partido que integram a Câmara dos Deputados como Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP) e Tarcísio Motta (RJ).

Ao Estadão/Broadcast, Jones afirmou que a filiação dele já possui um consenso positivo no diretório psolista de Pernambuco. A entrada definitiva dele no partido precisa passar pelo crivo do comando nacional.

A discussão havia sido marcada para a semana em que o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi suspenso por seis meses por quebra de decoro parlamentar. As negociações para salvar Glauber da cassação e o clima interno da sigla impediram a definição sobre o ingresso do pernambucano nos quadros da legenda.

Caso entre no PSOL e se candidate à vaga de deputado, Jones afirmou que irá continuar como presidente e militante do seu próprio partido, que busca conquistar um registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se trata do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), que surgiu após a ala de Jones deixar o PCB por conta de um racha interno.

Além de se posicionar como representante da esquerda nas disputas políticas realizadas nas redes, Jones é conhecido por suas críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o pernambucano, as ações coordenadas pela terceira gestão do petista são "neoliberais".

O PSOL integra a base do governo de Lula e possui dois ministros na Esplanada: Guilherme Boulos, na Secretaria-Geral, e Sônia Guajajara, em Povos Indígenas.

Estratégia no Nordeste

A entrada do comunicador no PSOL faz parte de uma estratégia do partido para conquistar maior relevância nacional. Em 20 anos de história, a sigla nunca conseguiu eleger um deputado no Nordeste, concentrando resultados no Sudeste, no Sul e nos Estados nortistas do Pará e do Amapá.

O único parlamentar nordestino foi o ex-deputado João Alfredo (CE), petista que migrou para o PSOL durante o racha do PT, em 2004, que resultou na fundação do PSOL. Na nova sigla, ele não conseguiu ser reeleito em 2006.

Além da filiação de Jones, a investida do PSOL no Nordeste é a filiação da ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT-CE). Após a parlamentar manifestar a possibilidade de deixar o partido de Lula, a sigla negocia a entrada dela para a disputa de uma das cadeiras do Senado.

Fora do Nordeste, o PSOL procurou refiliar a ex-deputada federal Áurea Carolina (MG) para a disputa pela Câmara. Manuela d'Ávila, ex-deputada e candidata à vice-presidência na chapa de Fernando Haddad em 2018, vai concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, a sigla também entrou na briga para filiar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que está prestes a deixar a Rede Sustentabilidade após disputas internas com a ala liderada pela deputada federal Heloísa Helena (RJ), e lançá-la ao Senado por São Paulo. O PSOL, porém, disputa a entrada de Marina com o PSB e o PT, e a palavra final deve ser dada por Lula, que quer seus principais aliados disputando cadeiras da Casa.

Estadão
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