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Política

PSD vai apoiar Lula e quer indicar dois nomes para compor Ministério

Ideia é que as bancadas na Câmara e no Senado apresentem sugestões de políticos que apoiaram o petista durante a campanha; Carlos Fávaro e Marcelo Ramos integram a lista

9 nov 2022 - 15h13
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BRASÍLIA - O PSD vai integrar a base do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e quer indicar dois ministros para a futura gestão do petista. A ideia é que um nome seja escolhido pela bancada do partido na Câmara e outro, por senadores da legenda. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, e os parlamentares da sigla participaram de um jantar de confraternização na noite desta terça-feira, 8, em Brasília.

Na lista dos nomes considerados pelo partido para compor a Esplanada dos Ministérios estão os senadores Carlos Fávaro (MT), um dos porta-vozes da campanha de Lula no agronegócio e deseja ser ministro da Agricultura; Omar Aziz (AM), que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, e Alexandre Silveira (MG).

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, ficou neutro na disputa para o Palácio do Planalto, mas agora está ao lado de Lula.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, ficou neutro na disputa para o Palácio do Planalto, mas agora está ao lado de Lula.
Foto: Werther Santana/Estadão – 05/07/2022 / Estadão

Aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, Silveira ajudou Lula em Minas, mas não conseguiu ser reeleito e ficará sem mandato, a partir de 2023. Na Câmara, o PSD avalia os nomes do deputado Pedro Paulo (RJ) e do líder na Casa, Antonio Brito (BA), indicado para o Conselho Político da equipe de transição de Lula. Em fim de mandato, os deputados Marcelo Ramos (AM) e André de Paula (PE) também são nomes citados para o novo governo.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), presente ao jantar de Brasília, dá como certa a entrada do PSD na base de Lula. "Me parece que está totalmente encaminhado para isso. Tenho certeza de que estaremos na base", afirmou Paes ao Estadão. Perguntado sobre indicações para o ministério, o prefeito desconversou. "Eu não faço ideia e nem me meto. Kassab que cuida", declarou ele. Marcelo Ramos seguiu a mesma linha. "Acho que o PSD será da base do novo governo. Tudo indica isso", observou.

O PSD decidiu ficar neutro na eleição presidencial e não apoiou formalmente nenhum candidato. Estados como Minas Gerais, Bahia, Rio, Pernambuco e Mato Grosso estiveram com Lula desde o primeiro turno, mas uma ala do Centro-Oeste e do Sul era próxima do presidente Jair Bolsonaro (PL). Kassab fez diversos acenos ao petista durante a campanha, mas nunca chegou a apoiá-lo publicamente. Em São Paulo, Kassab articulou a candidatura vitoriosa do bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), que venceu Fernando Haddad (PT) e foi eleito governador. O vice de Tarcísio é Felipe Ramuth, filiado ao PSD.

Apesar da falta de unidade durante a campanha, integrantes do partido ressalvam não haver pressão para impedir que o PSD faça parte da base de sustentação do novo governo no Congresso. Até mesmo nomes que se aproximaram de Bolsonaro durante sua gestão, como o líder do partido no Senado, Nelsinho Trad (MS), não têm feito objeções à aliança com o petista.

Estadão
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