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Política

SP: prisões de prefeitos eleitos levam dúvidas a 3 cidades

20 dez 2016 - 09h37
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Prefeito eleito de Osasco, o vereador Rogério Lins (PTN).
Prefeito eleito de Osasco, o vereador Rogério Lins (PTN).
Foto: Ronaldo Silva/Futura Press

Prisões decretadas contra os prefeitos eleitos de Osasco, Embu das Artes e Presidente Bernardes, no Estado de São Paulo, causaram indefinição nestes municípios em relação à posse. A diplomação no caso de Embu das Artes, do prefeito eleito Claudinei Alves dos Santos, conhecido como Ney Santos, foi suspensa pela Justiça Eleitoral, após pedido do Ministério Público (MP) de São Paulo.

O político é considerado foragido desde a deflagração da Operação Xibalba, no último dia 9, quando foram cumpridos 49 mandados de busca e cumpridos 14 mandados de prisão preventiva. Sete pessoas continuam foragidas, incluindo Ney Santos. 

As investigações conduzidas pelo promotor de Justiça Estêvão Luís Lemos Jorge identificaram uma organização criminosa para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, supostamente liderada pelo prefeito eleito de Embu, segundo o MP.

O prefeito eleito de Osasco, Rogério Lins, teve a prisão preventiva decretada em 6 de dezembro e está em viagem ao exterior. A Justiça suspendeu, neste caso, somente a cerimônia de diplomação, mantendo a possibilidade de retirada do diploma. Na sexta-feira (16), o advogado de Lins, Benjamin Ramos Junior, retirou o diploma no cartório da 213ª zona eleitoral, por meio de uma procuração. As informações são do próprio cartório.

A prisão é parte da Operação Caça-Fantasma, deflagrada em agosto de 2015 pelo MP. São 14 vereadores, incluindo Lins, suspeitos de manter um esquema de funcionários fantasmas, além de captar parte do salário de assessores. O MP estima que R$ 21 milhões foram desviados com as fraudes.

O prefeito eleito de Presidente Bernardes teve a prisão decretada e chegou a ser preso no último dia 10. Segundo informações do cartório da 165ª zona eleitoral, ele foi solto e compareceu na quarta-feira (14) para a diplomação.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo, a diplomação marca o encerramento do processo eleitoral, com a entrega do documento que habilita os políticos a tomarem posse nos seus respectivos cargos.

Ontem (19), a Justiça Eleitoral encerrou o processo das eleições de 2016 com a cerimônia de diplomação da capital paulista. Na ocasião, foram diplomados o prefeito João Dória e seu vice, Bruno Covas, além de 55 vereadores. O evento ocorreu na Sala São Paulo, na região central da cidade, e foi conduzida pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral da capital, Sidney da Silva Braga, responsável pelas eleições na cidade.

Agência Brasil Agência Brasil
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