Presidente da Câmara do Recife promulga Dia de Combate à Cristofobia, proposto por Alef Collins
O Recife passa a ter em seu calendário oficial o Dia de Combate à Cristofobia. A lei foi promulgada pelo presidente da Câmara Municipal.
O Recife passa a ter em seu calendário oficial o Dia de Combate à Cristofobia, que será celebrado anualmente em 5 de junho. A lei foi promulgada pelo presidente da Câmara Municipal, Romerinho Jatobá (PSB), depois que o prefeito João Campos (PSB) não sancionou e nem vetou o texto aprovado no Legislativo. Pela regra, quando isso acontece, cabe ao parlamento promulgar a proposta, e transformar em lei.
O projeto é de autoria do vereador Alef Collins, que defendeu a criação da data como forma de valorização da fé cristã e de enfrentamento a práticas que considera como discriminatórias contra os seguidores do cristianismo. O texto aprovado prevê que, a cada ano, eventos públicos devem ser organizados com o objetivo de reforçar a figura de Jesus Cristo e a importância da fé cristã na sociedade, além de estimular ações de conscientização contra a chamada cristofobia.
Na justificativa, o vereador descreveu a cristofobia como uma aversão a Cristo e ao cristianismo, que pode se manifestar de diferentes formas, desde episódios de preconceito até representações consideradas ofensivas em manifestações culturais. Alef Collins citou exemplos para embasar sua posição. Entre eles, um episódio em Belo Horizonte, quando um bloco de Carnaval teria debochado de Jesus Cristo, e outro no Rio de Janeiro, durante o desfile da escola de samba Beija-Flor, em que a imagem do Cristo Redentor apareceu em um carro alegórico dentro de um saco de lixo.
O projeto recebeu 17 votos favoráveis e quatro contrários. Entre os parlamentares que votaram contra a proposta estão Cida Pedrosa (PCdoB), Kari Santos (PT), Rinaldo Júnior (PSB) e Osmar Ricardo (PT), que expressaram preocupação com os efeitos simbólicos e políticos do projeto.
Com a aprovação e a promulgação, o Dia de Combate à Cristofobia passa a ser uma data fixa no calendário municipal. A proposta prevê atividades voltadas não apenas para a valorização do cristianismo, mas também para chamar a atenção da sociedade sobre episódios que possam ser interpretados como desrespeito ou violência contra os cristãos.
O autor do projeto argumentou que iniciativas como essa ajudam a combater situações de intolerância e reforçam o direito à liberdade religiosa.