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Política

PF prende suspeitos de mandar assassinar vereadora Marielle Franco em março de 2018

Operação acontece após a delação do ex-policial Ronnie Lessa, apontado como o responsável por executar a parlamentar em 2018; PF confirmou três mandados de prisão e 12 de busca e apreensão no Rio de Janeiro neste domingo, 24

24 mar 2024 - 07h53
(atualizado em 26/3/2024 às 09h01)
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BRASÍLIA - Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF), da Procuradoria Geral da República (PGR) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu, neste domingo, 24, três suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e delegado Rivaldo Barbosa são presos por mandar matar Marielle Franco.
Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e delegado Rivaldo Barbosa são presos por mandar matar Marielle Franco.
Foto: Maíra Coelho/Agência O Dia - Agência Câmara - Marcos Arcoverde/Estadão / Estadão

Foram presos o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), o irmão dele Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa.

Os irmãos são apontados pela investigação como mandantes do crime. O delegado é suspeito de agir para proteger os dois. Todos foram levadas para a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro e devem ser transferidos para o presídio federal de Brasília.

O vínculo do delegado Rivaldo Barbosa com o caso surpreendeu as famílias das vítimas. Ele foi a primeira autoridade do estado a receber famílias e amigos de Marielle e Anderson, no dia seguinte ao duplo assassinato, e prestou solidariedade. Ele prometeu que a solução do caso seria "questão de honra".

As viúvas de Marielle e de Anderson estiveram na sede da PF no Rio de Janeiro neste domingo. Ex-mulher de Marielle, a vereadora Mônica Benício disse que a ligação do policial com o caso mostra não apenas erros da investigação, mas também que a polícia foi cúmplice dos assassinos.

"As prisões não são o fim desse caso. Queremos que todas as pessoas que tiveram qualquer tipo de contribuição, relação e envolvimento sejam responsabilizadas", disse Benício. "A Polícia Civil do Rio de Janeiro não só errou como também foi cúmplice desse processo".

Estadão
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