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Política

Oposição fala em unidade para derrotar Bolsonaro

Partidos organizaram protestos nas principais cidades do País neste sábado

2 out 2021 - 14h28
(atualizado às 17h31)
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Protesto contra o Presidente Jair Bolsonaro, realizado na cidade do Rio de Janeiro, RJ, neste sábado, 02
Protesto contra o Presidente Jair Bolsonaro, realizado na cidade do Rio de Janeiro, RJ, neste sábado, 02
Foto: Sandra Barros / Futura Press

Partidos de oposição organizaram neste sábado, 2, uma nova onda de manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro. Os protestos acontecem quase um mês depois dos atos antidemocráticos promovidos pelo presidente em 7 de setembro e miram a gestão da pandemia pelo governo federal e a disparada da inflação.

As manifestações tiveram a presença de militantes de partidos como PT, PDT, PSB, Psol e Rede, além de sindicatos de trabalhadores. O presidenciável Ciro Gomes (PDT) discursou na Cinelândia, no Rio de Janeiro, e disse que o grito de "Fora Bolsonaro" deve "unir todos os democratas desse país".

"Precisamos tirar Arthur Lira da inércia. Isso só vai acontecer com luta, com nosso povo organizado, deixando nossas diferenças para depois", disse. Lira nunca decidiu sobre os mais de cem pedidos de impedimento do chefe do Executivo que chegaram à Casa.

A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) criticou as fake news e ressaltou a importância da união para vencer Bolsonaro. "Eles querem mais uma vez impedir que a esquerda avance, e a nossa unidade é muito importante. Nós não somos todos iguais, temos as nossas diferenças, mas elas não podem ser maiores do que aturar um fascista no governo. É na rua que a gente derruba o Bolsonaro", afirmou.

O líder da oposição na Câmara, deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), também defendeu que o desafio da esquerda é maior do que as diferenças que a separam. "Não é hora de colocarmos as disputas menores, antes de derrubarmos Bolsonaro. ... Vamos derrotar Bolsonaro, seja num impeachment agora, seja nas eleições em 2022", afirmou.

A deputada federal Talíria Petrone, líder do PSOL na Câmara, criticou a condução da crise sanitária e relembrou que metade da população voltou a enfrentar insegurança alimentar durante a pandemia. "Não tenho dúvida de que nós vamos atravessar esse momento. Porque se é verdade que o Brasil foi forjado na violência, também é verdade que o nosso país foi forjado na resistência popular, e é essa resistência que vai tirar Jair Bolsonaro do poder", acrescentou.

São Paulo

Em São Paulo, o protesto se concentrou em frente ao Masp, na Avenida Paulista, que teve pelo menos oito quarteirões tomados pelos manifestantes. Os ex-presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (Psol) marcaram presença no ato na cidade mais populosa do país.

No entanto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todas as pesquisas para 2022, tem mantido distanciamento das manifestações deste sábado, apesar da presença em massa de petistas nas ruas.

A presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), pediu "unidade" na luta pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro durante ato deste sábado na Avenida Paulista. "Vamos continuar nas ruas, vamos continuar dizendo que não queremos esse governo", afirmou.

Em seu discurso no caminhão de som em frente ao Masp, a parlamentar afirmou que neste momento a população precisa pressionar a Câmara dos Deputados e o seu presidente, Arthur Lira (PP-AL), pela abertura do processo de impeachment contra Bolsonaro. "Para tirar Bolsonaro nós precisamos pressionar a Câmara", disse.

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, fez coro à fala da parlamentar durante seu discurso. Ele disse que "não há mais briga" e que "agora é todo mundo junto contra Bolsonaro".

Segundo Medeiros, "ainda dá tempo" e a população não precisa esperar até as eleições do ano que vem para tirar Bolsonaro do Planalto. "Estamos demonstrando hoje, com a ampliação do nosso movimento, que nós não vamos esperar até 2022", afirmou.

Ataque em Recife

Em Recife, um homem dirigindo um Jeep Renegade preto atropelou e arrastou uma manifestante de 29 anos que participava do protesto contra Bolsonaro. O motorista, que segue em liberdade, fugiu sem prestar socorro à vítima, que chegou a ser levada a um hospital para atendimento médico.

* Com informações da Ansa

Estadão
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