Resumo
O ministro Alexandre de Moraes defendeu a legalidade do acordo de delação de Mauro Cid no julgamento sobre a trama golpista, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro entre os réus.
Moraes diz que 'pressões externas' não afetarão julgamento do STF: ‘Soberania jamais será negociada’:
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes defendeu o acordo de delação de Mauro Cid durante o julgamento dos réus da trama golpista nesta terça-feira, 2. Entre eles, está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontado como integrante do núcleo central do esquema. Tenente-coronel, Cid era ajudante de ordens de Bolsonaro durante o governo do ex-presidente. Cid também é réu na ação.
Segundo Moraes, o acordo celebrado entre a Polícia Federal e Mauro Cid foi homologado dentro da legalidade, com a plena anuência do colaborador e de seus advogados. “O acordo de colaboração premiada foi devidamente homologado com a máxima observância dos requisitos legais”, afirmou.
O ministro ressaltou que todos os réus delatados foram notificados no dia 11 de abril, quando determinou a citação e abriu prazo para manifestações. Ele destacou que a ação penal está formalmente instaurada, o que garante o andamento regular do processo.
Moraes também frisou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a aplicação proporcional dos benefícios, mas apontou contradições no comportamento do delator.
Segundo Moraes, Mauro Cid firmou o acordo de colaboração premiada "por livre e espontânea vontade, sempre com orientação e acompanhamento de seus defensores" em todos os atos processuais em que foi intimado.
"O acordo de colaboração premiada preencheu todos os requisitos de validade, eficácia e efetividade, e como tal foi homologado e ratificado pelo colaborador e por essa Suprema Corte", afirmou a defesa, rejeitando as acusações de omissões e destacando que Cid não participou de reuniões golpistas nem incentivou atos de violência.
Antes de fazer sua defesa, o advogado Celso Villardi leu trechos da delação premiada de Mauro Cid
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Celso Villardi, advogado de Jair Bolsonaro (PL), foi o segundo a se manifestar no julgamento nesta quarta-feira, 3
Foto: Rosinei Coutinho/STF
O advogado Matheus Milanez, que representa o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, foi o primeiro a se manifestar no julgamento da trama golpista nesta quarta-feira, 3
Foto: Gustavo Moreno/STF
A segurança foi reforçada nos arredores do STF
Foto: Rosinei Coutinho/STF
Alexandre de Moraes inicia julgamento de Bolsonaro
Foto: Antonio Augusto/STF
A segurança foi reforçada nos arredores do STF
Foto: Rosinei Coutinho/STF
Alexandre de Moraes fala durante o julgamento
Foto: Antonio Augusto/STF
Dino marca presença no julgamento de Bolsonaro
Foto: Antonio Augusto/STF
Alexandre de Moraes no julgamento de Bolsonaro
Foto: Antonio Augusto/STF
Alexandre de Moraes chega ao julgamento de Bolsonaro
Foto: Antonio Augusto/STF
Visão ampla do ambiente onde é julgado o caso de Bolsonaro
Foto: Antonio Augusto/STF
Visão ampla do ambiente onde é julgado o caso de Bolsonaro
Foto: Antonio Augusto/STF
Julgamento de Bolsonaro
Foto: Agência Estado
Jornalistas aguardam do lado de fora para cobrir o caso
Foto: Reportagem do Terra
Operação policial no julgamento de Bolsonaro
Foto: Agência Estado
Jornalistas aguardam do lado de fora para cobrir o caso
Foto: Reportagem do Terra
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante a primeira sessão de julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus pela tentativa de golpe de Estado que culminou nos atos golpistas em 8 de janeiro de 2023, no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, nesta terça- feira, 2
Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante a primeira sessão de julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus pela tentativa de golpe de Estado que culminou nos atos golpistas em 8 de janeiro de 2023
Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante a primeira sessão de julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus pela tentativa de golpe de Estado que culminou nos atos golpistas em 8 de janeiro de 2023, no STF, em Brasília, nesta terça-feira, 2
Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante a primeira sessão de julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus pela tentativa de golpe de Estado que culminou nos atos golpistas em 8 de janeiro de 2023, no STF, em Brasília, nesta terça-feira, 2.
Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante a primeira sessão de julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro
Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante a primeira sessão de julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus pela tentativa de golpe de Estado.
Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
O ex-ministro da Defesa, general da reserva Paulo Sérgio Nogueira, um dos réus do chamado núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado que culminou nos atos golpistas em 8 de janeiro de 2023, durante a primeira sessão de julgamento da ação penal contra ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros seis réus do núcleo, no Supremo Tribunal Federal (STF) , em Brasília, nesta terça-feira, 2.
Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Celso Vilardi, durante a primeira sessão de julgamento da ação penal contra Bolsonaro e outros sete réus pela tentativa de golpe de Estado
Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
Cezar Roberto Bittencourt, advogado de defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro
Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
José Luiz de Oliveira Lima, o Juca, advogado de defesa do general da reserva Walter Braga Netto
Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
Matheus Milanez, advogado do general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança no governo Jair Bolsonaro
Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
Eumar Novacki, advogado de defesa do ex-ministro da Justiça e Segurança, Anderson Torres, durante a primeira sessão de julgamento da ação penal contra Bolsonaro e outros sete réus pela tentativa de golpe de Estado que culminou nos atos golpistas em 8 de janeiro de 2023, no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, nesta terça-feira, 02 de setembro de 2025.
Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
Compartilhar
Publicidade
A defesa pediu ainda a absolvição e a manutenção integral dos benefícios da colaboração. Moraes lembrou que, em novembro de 2024, já havia reconhecido a validade do acordo: “Não há qualquer fato superveniente ou juridicamente relevante capaz de infirmar tal reconhecimento. Seria inaceitável que o colaborador fosse surpreendido com um pedido absolutamente desarrazoado da PGR no sentido de revisar unilateralmente os benefícios pactuados.”
O julgamento, que deve se estender pelos próximos dias, analisará as responsabilidades de Bolsonaro e dos outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado.