Moraes autoriza Bolsonaro a sair de casa para fazer exames em hospital privado
Defesa do ex-presidente enviou pedido para realização de 9 procedimentos
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) faça uma bateria de exames no próximo sábado, 16. Na manhã desta terça-feira, 12, a defesa de Bolsonaro informou que ele precisará deixar a prisão domiciliar para realizar nove procedimentos, que devem acontecer em um hospital particular de Brasília.
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Bolsonaro está em prisão domiciliar desde a semana passada por desrespeitar as medidas cautelares impostas por Moraes no âmbito do julgamento da tentativa de golpe de Estado. Essa será a primeira vez que ele deixará o local desde então.
Os exames incluem coleta de sangue e de urina, endoscopia e ultrassonografia de próstata. "A solicitação decorre do seguimento de tratamento medicamentoso em curso, da necessidade de reavaliação dos sintomas de refluxo e soluços refratários, bem como da verificação das condições atuais de saúde", diz a defesa.
Na decisão que atendeu ao pedido, o ministro determinou que a defesa apresente os atestados de comparecimento, com data e horário de atendimento, em até 48h após a realização dos exames.
Na semana passada, os médicos foram autorizados a visitar o ex-presidente, que passou por uma cirurgia no intestino em abril deste ano --a sétima desde a facada que sofreu nas eleições de 2018.
Autorização de visitas
Além disso, Moraes permitiu que mais quatro aliados de Bolsonaro visitem o ex-presidente:
- Vice-prefeito de São Paulo, Ricardo Mello Araújo (PL)
- Senador Rogério Marinho (PL-RN)
- Deputado federal Altineu Côrtes (PL-RJ)
- Deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP)
Outros 20 pedidos de visitas foram negados pelo ministro, já que foram feitos pelos políticos, não pelos advogados do ex-presidente. Entre eles estão o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
