Lula minimiza entrada de Flávio Bolsonaro na disputa à Presidência e diz que será reeleito em 2026
Presidente afirmou estar 'tranquilo' para a campanha eleitoral pelas entregas de sua gestão
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou nesta quinta-feira, 18, o anúncio da candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência e afirmou que será reeleito nas eleições de 2026.
"Não tenho nenhuma capacidade de julgar adversário. O adversário acha que pode ganhar e vamos para a disputa. Não me cabe julgar filho de Bolsonaro, neto de Bolsonaro, a mulher de Bolsonaro. Eu não vou julgar. Saiam quantos quiserem. O dado concreto é que nós vamos ganhar as eleições", afirmou em café da manhã com jornalistas.
Lula afirmou estar "tranquilo" para a campanha eleitoral de 2026 pelas entregas de sua gestão. O chefe do Executivo chegou a fazer um paralelo entre futebol e as eleições para reforçar que está confiante para a corrida eleitoral do ano que vem.
"A campanha é uma coisa muito tensa. É muito tensa. É que nem bater pênalti. Só que os meus adversários são que nem o jogador do Flamengo. Vão errar. E eu sou o comando do time. Vou marcar. Porque eu tenho tanta tranquilidade do que aconteceu nesse País. Eu tenho tanta tranquilidade da nossa relação externa. Eu tenho tanta tranquilidade da nossa economia e da política de inclusão social que nós fizemos, da questão climática, da tensão energética, que não existe um tema que eu não esteja tranquilo para debater com quem quer que seja. Então, sabe, eu acho que nós estamos muito tranquilos e aqui no Brasil a extrema-direita não voltará mais a governar", apontou.
"É preciso que a gente faça com que a humanidade entenda que a democracia é o melhor sistema de governo, porque ela permite alternância de poder. Alternância de poder não é apenas trocar de pessoas, é trocar de segmentos sociais", apontou.
Lula disse ainda que talvez o governo não esteja mostrando o que deveria para que isso tenha reflexo nas pesquisas de aprovação. "Não é que as pesquisas não estão conseguindo captar, eu não sei as perguntas que eles fazem, então eu não sei. O que eu posso dizer e afirmar é que nós talvez não estejamos mostrando o que nós temos que mostrar. Eu acho que nós ainda não estamos mostrando aquilo que nós somos capazes de fazer", afirmou.
Lula disse que, nesta quarta, na reunião ministerial, muitos ministros não sabiam de tudo que foi apresentado por Rui Costa e Fernando Haddad. Segundo ele, a dificuldade de seu governo é que "tem muito para mostrar" e não é uma administração de política única como foi o real com FHC e os genéricos de José Serra.
Na terça-feira, 16, pesquisa Genial/Quaest mostrou que Lula é aprovado por 48% dos brasileiros e desaprovado por 49%. O cenário é de estabilidade em relação ao mês anterior, quando Lula era aprovado por 47% dos entrevistados e desaprovado por 50%.Em agosto deste ano, 51% desaprovavam o governo, enquanto 46% aprovavam. Em outubro, essa curva se aproximou: 49% desaprovavam e 48% aprovavam.