Lula diz que não há crise com Alcolumbre e mantém indicação de Messias ao STF
Presidente voltou a minimizar descontentamento do presidente do Senado, que queria o aliado Rodrigo Pacheco como indicado ao STF
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 18, que não há crise com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e que mantém a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em café da manhã com jornalistas, o presidente voltou a minimizar o descontentamento de Acolumbre com a escolha de Messias para a vaga de Luís Roberto Barroso na Corte. O presidente do Senado queria a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a cadeira no STF. "Quando temos problema, sentamos e resolvemos."
Lula ainda afirmou que vai encaminhar oficialmente a indicação de Messias ao Senado e que a análise do nome do advogado-geral da União pela Casa ficará para 2026.
O presidente disse que "apenas cumpriu o dever e direito de escolher um nome que eu entendo que é ideal para ser ministro da Suprema Corte". "Indiquei o companheiro Messias, que é uma pessoa altamente capacitada como advogado, é uma pessoa altamente capacitada na relação com a Suprema Corte e ele seria um motivo de orgulho muito grande para esse País", afirmou.
O petista admitiu que "houve um problema" porque o Senado "queria indicar" o senador Pacheco ao STF. "É um companheiro que tem muito mérito, uma pessoa que eu gosto principalmente, que é uma pessoa que eu sonhei em fazer de ser candidato pra ganhar as eleições de Minas Gerais e ser governador das Minas Gerais. Mas aconteceu um imprevisto, não estava previsto, o Barroso se aposentou, então o companheiro Pacheco mudou de posição."
O chefe do Executivo disse "continuar" com o nome de Messias e apontou que vai "encaminhar a papelada toda" ao Senado. "Eu sei que (a indicação) não será mais votada este ano. Então, eu vou fazer com que, sabe, quando eu votar o recesso, o nome do Messias esteja lá e eu espero que haja votação", afirmou.
"Pelo menos não tem nada pessoal entre eu e o companheiro Alcolumbre. Eu sou amigo do Alcolumbre, gosto pessoalmente dele, ele tem nos ajudado de forma extraordinária a aprovar grande parte das coisas que a gente quer aprovar. Então, não existe nada, não tem nenhuma crise entre eu e o Alcolumbre, entre eu e Hugo Motta. Cada um representa uma instância de Poder neste País e, quando tem um problema entre nós, a gente tem que conversar e resolver o problema", disse, também citando o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).