Líder do PT na Câmara chama de 'bullying contra STF' articulação por anistia a envolvidos em 8 de janeiro
Lindbergh Farias (PT-RJ) aponta que anisitia 'serve apenas para criar confusão'
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), criticou a movimentação de parlamentares para tentar aprovar uma anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, que também incluiria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente réu em julgamento iniciado nesta terça-feira, 2, no Supremo Tribunal Federal (STF).
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Para Lindbergh, a iniciativa representa um desrespeito ao momento em que o STF analisa a responsabilidade dos envolvidos. Ele classificou a proposta como "inacreditável" e "irresponsável" ao Globonews.
"É quase um bullying contra o Supremo", disse o deputado, chamando a articulação de "provocação infantil".
"A anistia não tem nada de pacificação", afirmou. "Serve apenas para criar confusão e tirar a legitimidade do julgamento do Supremo".
Confronto político
O parlamentar, que também é líder do governo na Câmara, ressaltou que o projeto é “claramente inconstitucional” e assegurou que, caso seja aprovado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetará a medida.
"É como se o Parlamento tivesse entrado na chantagem do Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um movimento desse que é de tumultuar o processo. Sinceramente, eu espero que exista por parte das lideranças aqui da Câmara juízo para não pautar esse projeto", declarou.
Lindbergh também respondeu ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que afirmou já contar com votos suficientes para aprovar o requerimento de urgência da proposta. Para o deputado, esse cenário não está garantido. "Não é certo que eles tenham 257 votos", rebateu.