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Política

Jair Bolsonaro ainda se apresenta como presidente do Brasil no Twitter e continua postando

Além de divulgar ter um posto que já perdeu, o ex-presidente segue anunciando medidas de seu governo

3 jan 2023 - 17h13
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BRASÍLIA - Fora do país desde o dia 30 de dezembro e do governo desde a zero hora do dia 1º de janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda se apresenta em rede social como titular do cargo. No twitter, ele não só mantém o título que perdeu na disputa eleitoral de 2022 com o petista Luiz Inácio Lula da Silva, como ainda continua anunciando "feitos" de seu governo.

Em outras redes, a logomarca de Bolsonaro apenas mantém seu número de campanha, o 22, mas não há referência ao cargo que ocupa. Já no Twitter, o ex-presidente segue ativo falando de um governo que, para ele, não terminou. Na manhã desta terça-feira, 3, enquanto fisicamente ainda está recluso nos Estados Unidos, Bolsonaro alardeia em letras garrafais: "O GOVERNO JAIR BOLSONARO ANUNCIA REDUÇÃO DE 38,9% NA TARIFA DE ITAIPU PARA 2023; No final de 2022, O Ministério de Minas e Energia anunciou a tarifa de Itaipu para 2023: US$ 12,67/kW".

A vereadora petista em Belo Horizonte, Macaé Evaristo, que segue o ex-presidente, reagiu à postagem com ironia, perguntando: "Que governo?"

No dia 1º de janeiro, enquanto Lula tomava posse em Brasília diante de uma Esplanada dos Ministérios lotada de apoiadores, Bolsonaro repostava um vídeo em que fala de atos que desburocratização em cartórios.

A sequência de postagens não faz referência ao voo para os Estados Unidos. Nem a estadia de Bolsonaro em Miami, onde ja saiu para comer frango frito numa loja de fastfood.

Desde que perdeu as eleições para o petista, Bolsonaro vinha resistindo em aceitar o resultado das eleições. Seus apoiadores, acampados na frente de quartéis do Exército, esperavam um gesto e até defendiam que ele patrocinasse, com ajuda das Forças Armadas, uma intervenção para impedir a posse de Lula. Isolado, sem apoio do Congresso ou dos militares, preferiu evadir-se e não entregou a faixa ao sucessor.

Estadão
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