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Política

Gastos no cartão corporativo custearam 11 viagens de férias de Bolsonaro à praia do Guarujá

Cartão do ex-presidente pagou R$ 1,46 milhão em um único hotel e R$ 291 mil em outro; viagens mobilizavam um contingente de dezenas de seguranças, auxiliares e outros agentes do Planalto

15 jan 2023 - 05h10
(atualizado às 07h43)
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Jair Bolsonaro dançando funk no Guarujá.
Jair Bolsonaro dançando funk no Guarujá.
Foto: Reprodução / Estadão

Marcadas pelos passeios de jet skis e de motocicleta pela orla, além de episódios em lanchas, as férias do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mobilizaram um contingente de dezenas de seguranças, assessores e outros agentes do Planalto que ficaram hospedados em hotéis à beira-mar e foram custeados pelos cartões corporativos da Presidência da República.

Nas 11 vezes em que esteve na cidade de Guarujá, Bolsonaro se hospedou no Forte dos Andradas, complexo do Exército onde também ficaram outros ex-presidentes - inclusive Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltou ao Planalto neste ano.

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Durante as férias no litoral sul, Bolsonaro fez diversos passeios de jet ski, acompanhado de seguranças. Os veículos eram da Marinha, mas, quando sofriam alguma avaria, o cartão corporativo bancou o conserto. O cartão foi usado também para despesas de R$ 93 mil, entre 2020 e 2022, na YPS Eventos - que faz locação de máquinas e equipamentos na região. Os recursos, segundo relatos, bancaram a estrutura montada para garantir a segurança de Bolsonaro - com aluguel de grades de proteção, por exemplo.

Em sua última live como presidente no fim do ano passado, antes de viajar para os EUA, Bolsonaro disse que as idas ao Guarujá estão entre os "poucos momentos de lazer" que teve no exercício da Presidência.

Destino tradicional de turistas de São Paulo e de outras regiões do Brasil, o balneário enfrenta problemas urbanísticos e sanitários comuns a diversas cidades médias e grandes do País. Em diversos bairros da cidade, chamam a atenção as ruas não asfaltadas repletas de buracos, além de regiões de prédios abandonados e casas de madeira e alvenaria, com cheiro de esgoto e córregos a céu aberto em meio a matagais que se misturam com as ruas e calçadas.

Um desses bairros, Balneário Guarujá, abriga a padaria Santa Massa, que recebeu R$ 83 mil para fornecer alimentos. O dono, Leandro de Souza Lima, não foi localizado.

Estadão
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