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Política

'Fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química', diz Lula sobre encontro com Trump

Presidente concedeu entrevista coletiva na sede da ONU em Nova Iorque, nos Estados Unidos, na tarde desta quarta-feira, 24

24 set 2025 - 17h20
(atualizado às 20h29)
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Resumo
Lula destacou a importância do multilateralismo e de ações climáticas na ONU, celebrou a afinidade com Trump e enfatizou a relevância da COP30 e da reformulação da ONU para maior governança global.
Lula conta como foi encontro com Trump: 'Fiquei feliz quando disse que pintou uma química boa':

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre o breve encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse ter ficado feliz ao ouvir do republicano que 'pintou uma química' entre os dois. A declaração se deu em entrevista coletiva na sede da ONU em Nova Iorque, EUA, nesta quarta-feira, 24. 

Com a proximidade do fim da agenda na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Lula fez um balanço das atividades e comentou que a reunião tem uma 'importância muito gratificante' para o Brasil: "Nós queríamos reforçar a ideia do multilateralismo, a ideia da democracia e reforçar nossa COP-30, em Belém (PA)". Além das discussões, o petista disse ter ficado satisfeito com o encontro com Trump. 

"Aquilo que parecia impossível deixou de ser impossível, aconteceu, e fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química boa entre nós. Como acho que a relação humana é 80% química e 20% emoção, acho muito importante essa relação", declarou Lula. 

Trump diz que abraçou Lula e fala em 'boa química' ao anunciar encontro na próxima semana:

O presidente brasileiro também falou sobre a relação entre os dois países, os quais colocou como 'as duas maiores democracias do continente', citou os interesses comuns entre Brasil e Estados Unidos e a possibilidade de uma reunião bilateral nos próximos dias.  

"Se nós somos as duas maiores economias e os dois maiores países do continente, não há por que Brasil e EUA vivam em momentos de conflito. Fiz questão de dizer ao presidente Trump que temos muito o que conversar, tem muitos interesses dos dois países em jogo, muita coisa para discutir sobre a necessidade de a gente garantir a paz no planeta", acrescentou. 

"Fiquei satisfeito quando ele disse que é possível a gente conversar e, quem sabe, dentro de alguns dias, a gente se encontrar e fazer uma pauta positiva entre EUA e Brasil e Brasil e EUA. É isso que eu quero e acho que é isso que ele deve querer também", disse, por fim. 

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista coletiva na sede da ONU, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira, 24
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista coletiva na sede da ONU, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira, 24
Foto: Reprodução/CanalGov

'Vamos fazer a COP da verdade' 

Na coletiva, Lula também deu destaque às discussões sobre as mudanças climáticas na Assembleia Geral da ONU e colocou o Brasil como exemplo de que 'o problema do clima depende pura e simplesmente da vontade política de cada governante'. 

"No caso do Brasil, além de a gente ter a maior reserva florestal do mundo, temos ainda 40 milhões de hectares de terras degradadas, e que a gente pode florestá-las como a gente quiser, numa demonstração de que o problema do clima depende pura e simplesmente da vontade política de cada governante e, mais importante, de a gente acreditar na ciência", afirmou. 

Assim, o petista declarou que a COP30, que acontece entre os dias 10 e 21 de novembro em Belém (PA), será a 'COP da verdade': "Se não fizermos a COP da verdade, a humanidade vai perder a crença nessas reuniões de chefe de Estado. Se discute muita coisa e não se aplicam as coisas que são discutidas, então não há porque a humanidade continuar acreditando. 

"Tenho dito que será a COP da verdade porque vamos ter que colocar os cientistas para falar com os chefes de Estado. É muito importante que todos que compareçam lá ouçam os cientistas dizerem o que está acontecendo no mundo, para facilitar nossa tomada de decisões", disse. 

No discurso, Lula também declarou o apoio a uma 'governança mundial mais forte', destacando a necessidade de reformulação da Organização das Nações Unidas 'desde seu estatuto até sua composição'. 

"Ela [ONU] está mal representada. Os países e a humanidade evoluíram. É preciso acabar com o direito de veto na ONU e, sobretudo, na questão do clima, quando a gente tomar uma posição, é preciso que todos cumpram. Aí sim, se um país não cumprir uma decisão e prejudique o planeta, ele merece ser punido -- não de maneira unilateral, mas ser punido pelo conjunto dos países", ressaltou. 

Ainda segundo o petista, as mudanças na entidade visam maior poder de combate a conflitos armados e de preservação ambiental: "É preciso que a gente reformule para que a ONU tenha força para evitar guerras como em Gaza, na Ucrânia, e ao mesmo tempo a gente tomar decisão para resolver a questão do clima, que pode levar o ser humano a se transformar no primeiro animal vivo capaz de destruir seu habitat natural". 

Trump contraria dados científicos e diz que aquecimento global não existe em discurso na ONU:
Fonte: Portal Terra
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