PUBLICIDADE

Política

Fachin dá 5 dias para Bolsonaro explicar ataque às urnas durante apresentação a diplomatas

Ação foi movida pelo PDT, que pede a exclusão dos vídeos veiculados nas redes sociais do presidente

21 jul 2022 - 11h40
(atualizado às 13h52)
Compartilhar
Exibir comentários
Bolsonaro fez um reunião em que levanta informações falsas sobre as eleições
Bolsonaro fez um reunião em que levanta informações falsas sobre as eleições
Foto: Poder360

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, deu cinco dias para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste sobre os ataques às urnas eletrônicas durante uma apresentação para embaixadores, feita na segunda-feira, 18, em Brasília. Ação foi movida pelo PDT, que pede a exclusão dos vídeos da reunião veiculados nas redes sociais. 

Na ocisião, o presidente sugeriu a embaixadores estrangeiros a possibilidade de fraude nas eleições brasileiras deste ano. Ele citou vídeos descontextualizados e informações já desmentidas pela Justiça Eleitoral, como a falta de permissão para auditoria das urnas brasileiras, além de dizer que o sistema completou automaticamente o voto no PT nas eleições 2018.

Mentiras de Bolsonaro repercutem na imprensa internacional:

No despacho, Fachin pede para que todas as partes envolvidas sejam ouvidas antes da decisão: "Antes, porém, de poder analisar o pedido formulado em caráter de urgência, faz-se necessária a aferição da regularidade do meio processual adotado. Isso porque embora a demanda tenha sido identificada como Representação, da leitura da petição inicial extrai-se da causa de pedir que os fatos retratados indicam que a aduzida prática de desinformação volta-se contra a lisura e confiabilidade do processo eleitoral, marcadamente, das urnas eletrônicas."

Fachin deu cinco dias para que o presidente se manifestasse a cerca da ação
Fachin deu cinco dias para que o presidente se manifestasse a cerca da ação
Foto: Poder360

Além disso, o presidente do TSE aponta questões processuais sobre a possibilidade da ação ser de abuso de poder político ou do uso indevido dos meios de comunicação. 

Conforme o pedido do PDT, "há nítida veiculação de propaganda antecipada negativa em desfavor da integridade do sistema eleitoral, através de fake news, o que consubstancia-se em um fato de extrema gravidade". 

Para o partido, "é inegável que o Senhor Jair Messias Bolsonaro, notório pré-candidato à reeleição pelo PL, aproveitou-se do evento para difundir a gravação do discurso com finalidade eleitoral, indissociável ao pleito vindouro. Isso porque o ataque à Justiça Eleitoral e ao sistema eletrônico de votação faz parte da sua estratégia de campanha eleitoral", conforme aponta o documento. 

O Partido dos Trabalhadores (PT) também protocolou um pedido de liminar semelhante ao PDT contra Bolsonaro. Ambos os partido ainda pedem que a Corte multe o presidente por propaganda eleitoral antecipada.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade