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Política

Ex-operador financeiro do 'Careca do INSS' diz à CPI que movimentou R$ 140 milhões

Milton Salvador de Almeida Junior, investigado pela PF, colabora com CPI dos INSS, que deve retirar pedido de prisão apresentado contra ele

18 set 2025 - 22h03
(atualizado às 22h49)
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Resumo
Milton Salvador, ex-diretor do grupo de Antônio Carlos Camilo, o "Careca do INSS", revelou à CPI que movimentou R$ 140 milhões em 14 meses, negou envolvimento em crimes e colaborou para que o pedido de sua prisão preventiva fosse retirado.
Nova operação prende 'Careca do INSS'
Nova operação prende 'Careca do INSS'
Foto: Reprodução

BRASÍLIA - Apontado como um dos operadores financeiros dos descontos ilegais em aposentadorias, Milton Salvador afirmou à CPI que o fluxo financeiro das empresas do grupo de Antônio Carlos Camilo, o "Careca do INSS", foi de aproximadamente R$ 140 milhões nos 14 meses em que permaneceu como diretor das empresas.

Os valores diziam respeito, segundo o depoente, à emissão de notas fiscais referentes a consultorias técnicas para associações de aposentados.

Quando questionado se os serviços das notas fiscais eram realmente prestados, afirmou não saber. "Eu não tinha essa competência", disse. Ele afirmou ainda não ter suspeitado que estava envolvido em atividades criminosas até ser alvo de busca e apreensão da Polícia Federal, que o considera sócio dos negócios de Camilo. Ele nega.

Convocado como testemunha, ele não foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) em busca de decisão que o permitisse a não comparecer ou a falar à comissão. Segundo a versão de Milton Salvador, ele foi chamado para prestar serviços a Antônio Antunes em fevereiro de 2024, após 19 anos trabalhando no Grupo Paulo Octávio, um dos principais empresários de Brasília.

"Recebi um telefonema do próprio Sr. Antônio. Pelo que eu soube, ele obteve o meu currículo no LinkedIn, me convidou para uma entrevista e fez a proposta para eu trabalhar com ele e eu, infelizmente, aceitei".

A função dele nas empresas seria somente a de administrar a parte financeira e fazer paga. Ele nega ter recebido participação nos lucros auferidos por Camilo ou participado de transferências em dinheiro em espécie.

Relator da CPI do INSS, o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL) defendeu que seja retirado o pedido de prisão preventiva feito pela comissão contra Milton Salvador, apontado pela Polícia Federal como um dos operadores financeiros do esquema de descontos ilegais em aposentadorias. A decisão se deve à postura do investigado, que prestou termo no qual se comprometeu a falar a verdade em depoimento no colegiado e respondeu às perguntas dos parlamentares.

CPI do INSS: advogado investigado pela PF se nega a assinar juramento de falar a verdade à comissão:

Salvador confirmou que Camilo fazia operações financeiras por meio de uma offshore, mas que ele não movimentava a conta dessa empresa. Seu salário, de R$ 60 mil era pago por meio de um contrato PJ com a Prospect, uma das empresas de Camilo.

Estadão
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