Em clima eleitoral, Lula vai transformar música gospel em patrimônio brasileiro
Com foco em 2026, presidente luta contra uma baixa aprovação entre os evangélicos
O presidente Lula anunciou que a música gospel será reconhecida como patrimônio brasileiro, em medida vista como aceno aos evangélicos, enquanto reforçou foco nas ações governamentais para a eleição de 2026.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que, a partir da próxima semana, a música gospel será considerada patrimônio brasileiro. A divulgação foi feita nesta quarta-feira, 17, durante reunião com os ministros de seu governo, marcada por um discurso focado na eleição presidencial de 2026.
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"Nós vamos transformar a música gospel em patrimônio brasileiro. Nós vamos fazer o reconhecimento. E a semana que vem você pode estar preparado, porque além de ser ministro brasileiro, você poderá cantar música gospel dentro do Palácio do Planalto", brincou Lula.
A fala sobre o tema foi curta, mas é mais um aceno do presidente aos evangélicos, grupo religioso em que o petista sente maior dificuldade em adentrar. A última pesquisa Quaest, divulgada na terça-feira, 16, mostra que o presidente Lula é desaprovado por 64% dos evangélicos, percentual maior que entre os católicos, que é de 44%.
Ainda durante o discurso de abertura da reunião ministerial, Lula pediu aos integrantes do governo foco na divulgação das ações de sua gestão com o intuito de alcançar a eleição presidencial. "O dado concreto é que o ano eleitoral vai ser o ano da verdade. Nós temos que criar a ideia da hora da verdade para mostrar quem é quem nesse país, quem faz o quê nesse país", disse o presidente.
Lula também deu um recado aos ministros que querem deixar o governo para disputar cargos nas eleições do ano que vem. O petista disse que vai ficar "muito feliz" com os que decidirem sair, mas pediu que, caso o faça, ganhe o cargo que disputar.
"Cada um ministro, cada partido que vocês participam, vai ter que decidir de que lado está. Eles vão ter que defender aquilo que eles acham que podem eleger", afirmou.
