'Moraes redobrou a aposta', diz Eduardo Bolsonaro sobre ação da PF contra o pai
Ex-presidente Jair Bolsonaro teve mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF
Eduardo Bolsonaro criticou Alexandre de Moraes após operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro, que está sob medidas restritivas, incluindo uso de tornozeleira eletrônica e restrição de comunicação.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), de 41 anos, filho de Jair Messias Bolsonaro (PL), se manifestou nesta sexta-feira, 18, sobre a operação da Polícia Federal contra seu pai e critou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. "Moraes redobrou a aposta", escreveu nas redes.
Eduardo também compartilhou as medidas cautelares contra o pai:
- Usar tornozeleira eletrônica;
- Não poderá sair de casa entre 19h e 7h;
- Não poderá usar as redes sociais;
- Não poderá se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros;
- Não poderá se aproximar de embaixadas;
- Não poderá falar com outras pessoas sob investigação
A respeito desse último ponto, Eduardo é uma das pessoas proibidas de manter contato com o ex-presidente.
Aliados e opositores repercutem operação contra Bolsonaro; veja
Aliados e opositores políticos se pronunciaram nesta sexta-feira, 18, após a Polícia Federal cumprir um mandato de busca e apreensão na residência do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL).
O deputado federal Gilberto Silva (PL), por exemplo, afirmou que a operação contra o ex-presidente é injusta e citou uma suposta perseguição a Bolsonaro. "A ditadura Brasileira não tem limites! Perseguem a oposição a todo momento. Essa operação contra Bolsonaro é mais uma prova disso", escreveu ele, em seu perfil no X.
Sóstenes Cavalcante, líder do Partido Liberal na Câmara, por sua vez, ficou inconformado ao saber da operação. Em seu depoimento, ele ainda citou indiretamente o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Colocaram tornozeleira em Bolsonaro. Mas não há crime, não há condenação, não há prova. Só há um “delito”: enfrentar o sistema. Agora ele está proibido de: usar redes sociais, de sair de casa à noite, de falar com embaixadores e de conversar com aliados Isso não é justiça. É censura. É a tentativa desesperada de calar quem ainda representa milhões. Enquanto corruptos são soltos, um ex-presidente é vigiado como bandido. Mas quem tem a verdade como escudo, não teme a mentira de toga. A história está anotando tudo. E o povo também".
Opositores conhecidos de Bolsonaro, como André Janones e Guilherme Boulos também se manifestaram:
Grande Dia! Bolsonaro recebe visita da PF e passa a usar tornozeleira eletrônica. No Brasil, os golpistas vão ser punidos. pic.twitter.com/VNsQZEVlXD
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) July 18, 2025
🚨URGENTE! TOC TOC TOC
A Polícia Federal ACABA de cumprir mandados de busca e apreensão na CASA e ESCRITÓRIO de Bolsonaro! E o melhor: ele vai ter que usar TORNOZELEIRA ELETRÔNICA para não fugir do Brasil.
Está chegando a hora de cumprir minha promessa. Quando esse bosta for… pic.twitter.com/fMR9UlC8db
— André Janones (@AndreJanonesMG) July 18, 2025
🚨URGENTE
Polícia Federal ACABA de BATER na porta da casa do GOLPISTA Jair Bolsonaro!
- Ele é ALVO de busca e apreensão. O GOLPISTA SERÁ PRESO. 🚔👍 pic.twitter.com/8O8eDuSoPL
— Pedro Rousseff (@pedrorousseff) July 18, 2025
Jair Bolsonaro foi preso?
A Polícia Federal informou que cumpre dois mandados de busca e apreensão, na manhã desta sexta-feira, 18, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma das ordens judiciais está sendo cumprida na residência de Bolsonaro, em Brasília, e a outra na sede do Partido Liberal, legenda do ex-presidente. Todos os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF também confirmou que cumpre medidas cautelares diversas da prisão. Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente ficará submetido a 'medidas restritivas', incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.
Além disso, o ex-chefe do Executivo estará proibido de acessar as redes sociais; não poderá se comunicar com embaixadores, diplomatas estrangeiros e outros réus e investigados pelo STF; e precisará cumprir o recolhimento domiciliar de 19 horas às 7 horas e também aos fins de semana.