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Política

Bolsonaro diz que hacker está "fantasiando" em seu depoimento para CPMI

Ex-presidente da República afirmou que se encontrou com Walter Delgatti apenas uma vez e negou ter pedido para grampear Alexandre de Moraes

17 ago 2023 - 15h13
(atualizado às 17h21)
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Jair Bolsonaro (PL) durante coletiva de imprensa em Brasília em 22 de março de 2021
Jair Bolsonaro (PL) durante coletiva de imprensa em Brasília em 22 de março de 2021
Foto: Francisco Nero/Futura Press

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta quinta-feira, 17, que o hacker Walter Delgatti está "fantasiando" em seu depoimento diante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do dia 8 de janeiro. As declarações foram dadas durante entrevista para Jovem Pan. 

Bolsonaro reconheceu ter se reunido com o hacker no Palácio da Alvorada, porém refutou partes do depoimento de Delgatti para a CPMI.

O ex-presidente também negou a existência de uma segunda conversa telefônica com Delgatti, na qual teria sido discutido um possível pedido para que o hacker assumisse a autoria de um grampo ao telefone do ministro Alexandre de Moraes. Delgatti mencionou essa conversa durante seu depoimento, porém, Bolsonaro nega que ela tenha ocorrido.

"Tem fantasia aí. Eu só encontrei com ele uma vez no café da manhã [na Alvorada], não falei com ele no telefone em momento algum. Como ele pode ter certeza de um grampo? Nós desconhecemos isso", disse. 

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De acordo com Bolsonaro, houve apenas um encontro entre ele e Delgatti para discutir assuntos relacionados às urnas eletrônicas. Durante essa reunião, o ex-presidente solicitou que o hacker conversasse com os militares que faziam parte da comissão eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Ele está inspirado hoje. Teve a reunião e eu mandei ele para o Ministério da Defesa para conversar com os técnicos. Ele esteve lá [no Alvorada e na Defesa] e morreu o assunto. Ele está voando completamente”, declarou. 

Em resposta às perguntas da relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), Delgatti afirmou que teve um encontro com Zambelli em um carro enviado pela deputada, e durante esse encontro, ela teria feito uma ligação para Bolsonaro. 

Na sequencia, o hacker relatou que o ex-presidente teria solicitado que ele assumisse a responsabilidade por um suposto grampo ao ministro Alexandre de Moraes. 

Segundo Delgatti, Bolsonaro teria dito que, uma vez que ele já havia sido responsável pelo caso da "Vaza Jato", a esquerda "não poderia questionar" - o que justificaria a ideia de assumir a autoria do suposto grampo ao ministro.

Fonte: Redação Terra
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