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Política

Saída de Bebianno é assunto restrito, diz Mourão

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência foi acusado por Carlos Bolsonaro de ter mentido sobre conversar com presidente Jair Bolsonaro

13 fev 2019 - 21h16
(atualizado às 21h40)
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Questionado nesta quarta-feira, 13, sobre a possibilidade de afastamento do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, do governo, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que é preciso aguardar e que o assunto está restrito a Bebianno e ao PSL.

Nesta quarta, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSC), filho de Jair Bolsonaro, escreveu no Twitter que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência mentiu ao afirmar que teria conversado três vezes com o presidente na terça-feira (12).

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, ao chegar ao seu gabiente de trabalho, em Brasília, na manhã desta terça-feira, 12.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, ao chegar ao seu gabiente de trabalho, em Brasília, na manhã desta terça-feira, 12.
Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo

Ele também publicou um áudio que indica ter sido gravado pelo presidente em que Bolsonaro diz a Bebianno que não falará com ninguém. Ao ser questionado por jornalistas para comentar o vazamento, Mourão disse que não iria se meter neste assunto.

Homofobia

Mourão disse que não vê urgência para a discussão sobre a criminalização da homofobia. Para ele, "querer transformar a homofobia em um crime igual ao racismo é um passo além da necessidade". O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar o assunto nesta quarta, quando ouviu as partes envolvidas nas ações.

"Não acho que isso seja (uma pauta de) urgência. Acho que qualquer crime cometido contra qualquer pessoa, independente da opção sexual dela ou do gênero, é crime. Esse assunto de querer transformar a homofobia em um crime igual o racismo é um passo além da necessidade que temos hoje", disse a jornalistas.

Na avaliação do vice-presidente, o Congresso Nacional é o lugar adequado para discutir o tema, por ser o Poder responsável por elaborar as leis. Nesta terça-feira, 23 deputados federais da frente parlamentar evangélica se reuniram com o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, para pressioná-lo e convencê-lo a retirar os processos da pauta, o que não ocorreu.

Mourão informou à imprensa que Jair Bolsonaro não deve voltar a trabalhar no Planalto ainda esta semana. "Ele tem que descansar, não pode ficar em ambiente com muita gente. Aqui tem muita gente, ele ainda está com problema de imunidade, então tem que esperar isso aí."

Estadão
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